Um sonho a se realizar!

Na verdade, as Bibliotecas são instrumentos de Paz, pois reúnem a juventude, de forma bem eficaz.
Quem frequenta uma biblioteca, muda de opinião, aprende e se satisfaz.
O projeto Biblioteca, tem essa finalidade: trabalhar para construir, uma nova sociedade, como cidadãos
conscientes, mais finos, mais eloquentes, com mais força e mais vontade.

As bibliotecas na verdade, promovem mudança e, com isso,
a juventude enaltece, dando apoio e confiança, pois a boa educação, começa com a atenção que damos as crianças.

Viva pois a BIBLIOTECA, um Projeto que está modificando a nossa comunidade, porque só a educação
pode dar ao cidadão, CONSCIÊNCIA E LIBERDADE!


Por Valdek de Garanhuns - Poeta de Cordel



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O livro e a digitalizaçao do mundo

por Daniel Campos

A discussão sobre o futuro do livro começa no passado, mais precisamente no ano 3.500A.C, data do primeiro registro de escrita humana, quando os sumérios cunhavam livros em pedras.
Em seguida, vieram os livros feitos em rolos de papiros dos egípcios e em folhas de palmeiras, dos indianos. Maias e Astecas faziam livros em forma de sanfona, de um material existente entre a casca e o cerne das árvores.
Os chineses utilizavam rolos de seda e os romanos, tábuas de madeira cobertas com cera. Só mais tarde, com a chegada do papel, já conhecido na China, à Europa e com o invento da prensa de Gutenberg, em 1450, o livro impresso espalha-se pelo mundo.
Desde a civilização suméria, o livro evoluiu muito até se tornar o que é hoje. É natural que continue a evoluir, mas até que ponto?
Transcorridos centenas de anos sem mudanças radicais, o modo de contar o mundo está em processo de ruptura novamente. Depois das histórias orais, passadas de geração em geração, dos manuscritos, dos impressos, o livro está em vias de sofrer uma mutação tecnológica que é compreendida por alguns como sua morte e por outros, como um grande salto em sua trajetória.
Um dos objetos de maior prazer cultural pode ganhar de vez o mundo abstrato, deixando de lado a textura e o perfume das páginas impressas, porém ganhando muito em interatividade e acesso.
Os apaixonados por livros garantem que, ao contrário dos vinis e vídeos-cassete, os livros não serão modificados pelo avanço tecnológico. Contudo, essa transição, de forma gradativa, dar-se-á a partir da “geração informática”.

As crianças e jovens de hoje já estão imersos nesse mundo que oferece, entre outras coisas, livros na internet. É uma geração que, em razão do ensino público de má-qualidade e do fortalecimento do coloquialismo em nosso meio, pode crescer sem se apaixonar pelos exemplares impressos, tornando-se consumidora de uma literatura que se utiliza do universo áudio-visual para se aproximar dos leitores.
O mercado editorial pode esbravejar, mas essa é a tendência. Os consumidores brasileiros são os que ficam mais tempo conectados.
Pesquisas demonstram que o computador já superou a televisão como fonte de entretenimento. No mundo há mais de 1,5 bilhões de internautas. No Brasil, 65 milhões tiveram acesso à internet nos mais diversos ambientes (residências, trabalho, escolas, lan-houses, bibliotecas e telecentros) durante o segundo trimestre de 2009.
Apesar das dificuldades econômicas e problemas de infra-estrutura, o Brasil possui metade dos usuários da América Latina e já é o quinto país do mundo em número de internautas.
Nos EUA, aparelhos como o Kindle, da Amazon, têm muitos adeptos. E uma versão desse aparelho será comercializada agora no Brasil. A gigante Google, por meio do projeto Google Book Search (GBS), já escaneou mais de cinco milhões de documentos.
A pretensão é tentadora: todos os livros do mundo ao alcance de um toque. E muitos poderão ser lidos de forma gratuita. Esse amanhã guarda muitas novidades, já que grande parte dos consumidores de mídia produz seu próprio conteúdo de entretenimento.
Poderemos contar, inclusive, com uma pluralidade muito maior de escritores. A digitalização pressupõe a descentralização do mundo, viabilizando novos talentos. Além disso, há o discurso ecológico de que esse tipo de mídia contribuiria para a construção de um planeta sustentável (milhões de árvores seriam salvas).
Para que carregar, manusear e guardar livros se há a possibilidade de se ter inúmeras obras armazenadas no computador ou acessadas por meio de celulares. A lógica seria: mais livros por um preço bem menor.
O barateando da leitura implicaria em um número maior de leitores. O futuro já chegou e faz-se necessário investir na literatura virtual, de modo que os brasileiros possam superar a vergonhosa média de leitura (os brasileiros lêem 1,3 livros por ano por vontade própria, sem ser obrigados por escolas ou universidades).
Para continuar existindo, o livro terá de se adaptar à digitalização do mundo. Não há como resistir a uma geração totalmente digital.
Depois de Gutenberg, sem dúvida, o livro virtual é a maior revolução em termos de democratização do acesso à leitura. Um produto que sempre foi símbolo de status social, econômico e cultural está prestes a ficar mais acessível.
Por meio dos investimentos crescentes em internet, inclusive com programas de inclusão digital, um aluno da periferia poderá ter a mesma formação literária de um estudante de poder aquisitivo elevado. É por essas e outras que, independentemente de seu formato, o livro continuará mágico.

Texto recebido e publicado pelo Grupo Bibliotecários e enviado pelo Valdo .

Robôs vão manejar arquivo da Biblioteca Nacional do Reino Unido

Por da Reuters, em Londres

A Biblioteca Nacional do Reino Unido irá remanejar parte de seu acervo em um novo prédio, onde a responsabilidade pelo armazenamento e coleta de 7 milhões de itens passará de um bibliotecário a uma grua --aparelho para levantar pesos, como um guindaste-- robotizada.
O centro climatizado de 30 milhões de libras na cidade de Boston Spa, no norte da Inglaterra, irá abrigar o equivalente a 262 quilômetros de estantes, em um tipo de armazenamento de alta densidade que normalmente é usado mais por varejistas do que por bibliotecas.
O diretor de finanças e serviços corporativos da biblioteca, Steve Morris, afirmou que os livros serão armazenados em contêineres, que serão empilhados seguindo um algoritmo que calcula a demanda por certos títulos.
"As gruas, na verdade, são a única parte da organização agora que saberão onde está o material", disse Morris.
"Ao longo do tempo, com o material sendo acessado, o sistema irá lembrar de quais livros são mais pesquisados e irá guardar esses livros na frente no prédio, para que sejam acessados mais facilmente".
Já livros que são raramente procurados acabarão ficando no fundo do prédio.
Oito pessoas
A nova tecnologia significa que apenas oito pessoas serão necessárias para acessar o acervo que será mantido no centro.
"Antigamente, andávamos pelos andares e buscávamos os livros nós mesmos, mas com isso, quando estiver tudo lá, tudo o que precisamos fazer é apertar um botão e ele vem até nós", disse a bibliotecária Alison Stephenson.
Stephenson e seus colegas estão checando os livros que chegam de Londres antes de serem colocados nos contêineres e levados para dentro do prédio pelos robôs.
"Se você colocar um livro na caixa errada nesse prédio, então, de fato, você nunca mais irá encontrá-lo", disse Morris.
A construção do centro deve ser concluída até meados de 2011, complementando sua sede no bairro de St. Pacras, em Londres, onde os livros estarão disponíveis 48 horas após serem solicitados de Boston Spa.

Artigo extraído da Folha on Line
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u657285.shtml

Contribuição do Valdo e Grupo Bibliotecários

A galinha D'Angola

Por Afonso Celso - Discurso na Academia Brasileira de Letras, recebendo Lauro Müller.


Na sua vivenda de Jacarepaguá, possuía o senador Lauro Müller grande quantidade de galináceos, e entre estes, numerosas galinhas d'Angola, de crista vermelha e plumagem cinzenta. Nédias, fortes, livres, satisfeitas, corriam por todo o quintal. Entretanto, de manhã à noite, a cantiga era a mesma: "estou fraco! estou fraco! estou fraco!"

É curioso! - observa o dono da casa, um dia, a um amigo.

E com bom humor:

- Não posso ver e ouvir estas aves que não fique, logo, pensando no Brasil!...

Texto extraído do site: www.biblio.com.br na lateral esquerda do blog nos sites que acompanho e indico.
Colaboração do Valdo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Hoje é dia de festa...


Parabenizando nosso amigo, diretor e advogado da ONG Dr. Roberto Sebastião de Almeida, o Beto, que neste dia 07 de dezembro está apagando velinhas!
Que esta nova etapa seja com muitas alegrias e muito sucesso...
Abraços de todos os diretores e membros da Liberdade Cultural.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Poesia: Canção do Boêmio - Castro Alves

Que noite fria! Na deserta rua
Tremem de medo os lampiões sombrios.
Densa garoa faz fumar a lua,
Ladram de tédio vinte cães vadios.
Nini formosa! por que assim fugiste?
Embalde o tempo à tua espera conto.
Não vês, não vós?... Meu coração é triste
Como um calouro quando leva ponto.
A passos largos eu percorro a sala
Fumo um cigarro, que filei na escola...
Tudo no quarto de Nini me fala
Embalde fumo... tudo aqui me amola.
Diz-me o relógio cinicando a um canto
"Onde está ela que não veio ainda?"
Diz-me a poltrona "por que tardas tanto?
Quero aquecer-te rapariga linda."
Em vão a luz da crepitante vela
De Hugo clarcia uma canção ardente;
Tens um idílio — em tua fronte bela...
Um ditirambo— no teu seio quente...
Pego o compêndio... inspiração sublime
P'ra adormecer... inquietações tamanhas...
Violei à noite o domicílio, ó crime!
Onde dormia uma nação... de aranhas...
Morrer de frio quando o peito é brasa...
Quando a paixão no coração se aninha!?...
Vós todos, todos, que dormis em casa,
Dizei se há dor, que se compare à minha!...
Nini! o horror deste sofrer pungente
Só teu sorriso neste mundo acalma...
Vem aquecer-me em teu olhar ardente...
Nini! tu és o cache-nez dest'alma.
Deus do Boêmio!... São da mesma raça
As andorinhas e o meu anjo louro...
Fogem de mim se a primavera passa
Se já nos campos não há flores de ouro...
E tu fugiste, pressentindo o inverno.
Mensal inverno do viver boêmio...
Sem te lembrar que por um riso terno
Mesmo eu tomara a primavera a prêmio..
No entanto ainda do Xerez fogoso
Duas garrafas guardo ali... Que minas!
Além de um lado o violão saudoso
Guarda no seio inspirações divinas...
Se tu viesses... de meus lábios tristes
Rompera o canto... Que esperança inglória...
Ela esqueceu o que jurar lhe vistes
Ó Paulicéia, ó Ponte-grande' ó Glórial...
Batem!... que vejo! Ei-la afinal comigo...
Foram-se as trevas... fabricou-se a luz...
Nini! pequei... dá-me exemplar castigo!
Sejam teus braços... do martírio a cruz!...

Texto enviado por Valdo e postado por Cássia Santana

Bibliotecas comunitárias levam a literatura a cidades carentes do Distrito Federal

A história das bibliotecas não começa com os livros. Muito antes de nascerem esses objetos tão atacados quando a intenção é oprimir o conhecimento, o homem já catalogava seus conhecimentos em espaços físicos reservados para tal. O livro é apenas uma das formas de armazenar a escrita inventada pelo homem muito antes de Gutemberg popularizar a prensa. A biblioteca nasce, antes de tudo, de um desejo de agregar o conhecimento. Luiz Costa, Dilma de Fátima Mendes, Sebastião José Borges, Geraldo Marques Damas e Luiz Rodrigues de Lima sabem muito bem disso. Sentiram essa comichão antes mesmo de poderem manusear um livro. Todos cresceram em ambientes desprovidos de literatura, com pouco acesso à educação formal, mas com uma sensibilidade capaz de guiá-los em direção ao mundo das letras. Sem recursos ou apoio do governo, dentro de suas próprias casas e em áreas pobres do Distrito Federal, eles montaram pequenas bibliotecas para atender à comunidade do bairro e vislumbraram na iniciativa uma alternativa à falta de lazer que pontua as cidades mais pobres da região. Os espaços são simples, abrem diariamente ou a pedidos e contm uma variedade razoável de livros. Literatura, publicações didáticas, enciclopédias e dicionários estão em todas essas bibliotecas frequentadas principalmente por crianças e adolescentes. Todos os volumes foram doados depois de um boca a boca que espalhou a intenção dos bibliômanos. Veja abaixo as histórias dessas iniciativas mantidas por vontade própria graças à demanda intensa das comunidades.


Alexandre Abreu, da Biblioteca Alice Maria

Biblioteca Alice Maria Bisol Cascão — Guarita da Ceasa
A guarita que um dia serviu à vigilância na entrada da Ceasa estava abandonada. Ocupada por sem tetos e ponto de consumo de drogas, a pequena casinha assustava os frequentadores do local até ganhar reforma, 10 estantes e 5 mil livros. “A biblioteca ainda é novinha e pouco frequentada e o pessoal ainda não está acostumado”, explica Antonio José Laurindo, vigilante responsável pelo local. A média de visitantes é de três a quatro pessoas por dia, mas Laurindo não desanima diante das mesas e das paredes branquinhas de tão novas. Reabilitada por iniciativa da rede de postos Gasol como parte de um projeto que, desde 2007, ajudou a incrementar 54 bibliotecas públicas no Distrito Federal em parceria com administrações regionais, a guarita da Ceasa não exige registro dos visitantes. Quem quiser pode preencher uma ficha com dados pessoais, mas não há obrigatoriedade. “É para não intimidar e não ter aspecto formal”, avisa Alexandre Abreu, coordenador do espaço.

Biblioteca Luiz Lima — Visão do Futuro — Recanto das Emas
Quando já passa das 20h e um menino bate na porta em busca de um livro, Luiz Rodrigues de Lima fica feliz da vida. A biblioteca é pra isso mesmo. Não tem hora para precisar de livro. Lima aprendeu a ler aos 33 anos. Hoje, aos 46, não quer que ninguém da redondeza deixe de exercitar, por conta da falta de livros, uma das práticas que mais o fascina. O técnico em ar-condicionado reformou a casa, construiu um segundo andar e transformou parte do quarto em que dormia com a mulher em biblioteca. Ali, não há espaço para sentar e ler, por isso os livros estão catalogados e os frequentadores são convidados a levar os volumes para casa. Machado de Assis tem prateleira especial porque é o preferido de Lima, mas divide o espaço dos 4 mil livros com toda a literatura brasileira e uma boa leva de publicações didáticas. A iniciativa fez tanto sucesso que Lima exportou a ideia para outras cidades e estados. Já ajudou a montar seis bibliotecas no Distrito Federal e outros estados, todas com livros doados que guarda na casa de um amigo em Santa Maria. “Cansei de ouvir gente falando ‘Luiz, vou parar de estudar porque não tenho como comprar livro’”, confessa. A primeira biblioteca comunitária de Lima nasceu em Santa Maria, onde morava em 2002. Quando se mudou para o Recanto das Emas, trouxe junto a ideia.

Biblioteca Luiz Lima — Brazlândia
Inspirado na ideia de Luiz Rodrigues de Lima, Geraldo Marques Damas reformou uma sala de uma igreja da Assembléia de Deus em Brazlândia para receber a pequena biblioteca comunitária de 8 mil livros. “Meu objetivo é um trabalho social, divulgar e fazer com que as pessoas tenham uma prática da leitura principalmente nos assentamentos próximos, onde as pessoas enfrentam muitas dificuldade”, explica Damas. O espaço será batizado com o nome de Lima, que ajudou na doação de livros. “Ainda estamos em processo de catalogação, mas não temos restrição de assunto”, avisa Damas, que comemora o lote de 2 mil livros didáticos da biblioteca.

Biblioteca Casa da Memória da Arte Brasileira — Granja do Torto
Luiz Costa saiu de Serra dos Aimorés, no Espírito Santo, aos 12 anos. Chegou a Brasília em 1969. O pai vendeu a roça para ser vigia de bloco na capital. Para o jovem Costa, os planos de um concurso público já estavam traçados. Acontece que o rapaz desenhava e pintava muito bem. Não aguentou a ideia de uma repartição e desviou a própria trajetória. Virou pintor. Quando conseguiu construir uma obra capaz de sustentar a mulher e os dois filhos, começou então a investir em projeto maior. A biblioteca instalada num espaço de 350 m² no quintal da casa, que serve também de ateliê, é exclusivamente dedicada à arte brasileira. Tem um pouco de tudo relacionado ao tema, de catálogos de exposições até livros de luxo, passando, claro, pela literatura especializada e crítica. “Só a arte não me satisfez. Sempre fui muito zeloso pela pintura brasileira, que é muito mal cuidada”, conta. “Temos perto de 3 mil volumes focados em arte brasileira.” Costa atende somente com hora marcada e gosta especialmente do público infantil. Pensando nas crianças, montou uma estrutura para oferecer aulas e promover palestras. “Normalmente, quem leva são as escolas particulares. Aproveito e dou uma palestra sobre a responsabilidade e o privilégio de ter nascido ser humano e depois entro na arte, na pintura e na ecologia. Isso virou um hobby”, avisa. A coleção de livros deve ser consultada no local e o artista vai entrar com pedido no Ministério da Cultura para transformar a biblioteca em ponto de cultura. Costa conseguiu reunir exemplares preciosos como uma enciclopédia dedicada a esmiuçar os acervos dos mais importantes museus brasileiros. Ele mesmo compra os livros ou troca por pinturas.

Biblioteca Comunitária do Bosque — São Sebastião
Quando mudaram para São Sebastião, em 1999, Dilma de Fátima Mendes e Sebastião José Borges ficaram preocupados com a carência de lugares destinados à cultura e o índice de reprovação nas escolas locais. Sete anos depois, montaram a Biblioteca Comunitária do Bosque. Com o salário de vigilante e o de doméstica, Sebastião e Dilma alugaram um espaço e colocaram uma coleção de livros doados. Depois de quase quatro anos, o aluguel pesou no orçamento e a biblioteca foi transferida para a garagem da casa. Hoje, as prateleiras do casal abrigam mais de 10 mil livros, a maioria de didáticos. “Para manter a biblioteca ,faço bazares com doações”, avisa Dilma. “Quando o jovem está inserido na cultura e no estudo, não se envolve com delinquência”, diz Borges.

Fonte: Correio brasiliense - Por Nahima Maciel

sábado, 7 de novembro de 2009

Ajude seu filho a gostar de ler

Uma das preocupações atuais com relação às crianças é como fazê-las se interessar pela leitura, uma vez que o mundo de hoje exige cada vez mais das pessoas a habilidade de ler, compreender e refletir o que foi lido.
O primeiro fator para aproximar uma criança da leitura é ter livros à disposição. Uma casa em que livros são tratados como tesouros, sem que a criança tenha permissão para tocá-los, irá transformar o livro em algo tão solene quanto chato. E não contribuirá para que ela desenvolva o gosto pela leitura.
Dê o exemplo! Pequenas atitudes dos pais podem contribuir para que o filho se aproxime ou se distancie dos livros. Mesmo que você não tenha o hábito da leitura, evite criticar que lê ou desprezar os livros. Por outro lado, se gosta de ler, demonstre isso para seu filho!
Comente com ele uma passagem mais interessante, leia um trecho bonito ou emocionante.
Essas iniciativas no interesse dos pequenos pelos livros. Apesar de não no darmos conta, as crianças estão muito atentas ao que fazemos, principalmente àquilo que fazemos quando acreditamos que elas não estão prestando atenção...
Quanto à escolha dos livros, existem muitas alternativas. Para iniciar as crianças na leitura, um dos melhores autores é o nosso Monteiro Lobato. As histórias passadas no Sítio do Pica-pau Amarelo são divertidas, cheias de aventuras e de diálogos inteligentes. Entre os autores nacionais, temos também as obras de Ziraldo, Ruth Rocha... São todas obras com muito humor e que, juntamente com a leitura agradável, enriquecem muito o vocabulário da criança.
O mundo de hoje exige pessoas com habilidade em ler, compreender e refletir sobre o que foi lido”.
Matéria escrita pela amiga e colaboradora Valquiria e gentilmente cedida para o nosso blog

sábado, 31 de outubro de 2009

Biblioteca Comunitária Ler é Preciso

Realizado em parceria com a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), o projeto Biblioteca Comunitária visa incentivar e fortalecer a articulação entre os atores sociais das comunidades a partir de suas participações na implementação do projeto. A Biblioteca é um espaço privilegiado de acesso ao livro e ao conhecimento, que contribui para a formação continuada dos indivíduos e o desenvolvimento de competências de leitura e escrita, essenciais à emancipação e ao protagonismo.
Atualmente, 80 Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso foram implantadas, em oito estados (Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo):
- 128.381 livros novos doados e 2.022 cursistas formados;
- 2 Bibliotecas Comunitárias revitalizadas (Salesópolis e Paraibuna - SP), com 3.119 livros novos e 55 cursistas formados;
- 947 professores formados nos cursos de Auxiliar de Biblioteca e Promotor de Leitura;
- 22 Bibliotecas Comunitárias Ler é Preciso localizadas em escolas;
- 1 Biblioteca Comunitária Ler é Preciso localizada em Cooperativa de Materiais Recicláveis - Coopamare;
- Público atendido: em média 500 usuários/mês em cada biblioteca.
As Bibliotecas são implantadas, prioritariamente, em locais com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), altos indicadores de violência, e que possibilitem o estabelecimento de parcerias, preferencialmente dentro de escolas públicas, com a contrapartida de que sejam abertas à comunidade. O projeto oferece acervo de mil títulos, sendo 30% do acervo decidido junto com a comunidade, equipamento de micro-informática para gestão do acervo e cursos de formação para agentes promotores de leitura e auxiliares de biblioteca
(80% formado por professores), com o objetivo de disponibilizar conhecimento para a organização e para a implementação de ações que promovam a leitura e tornam a biblioteca viva.
As Bibliotecas são, antes de mais nada, um projeto para a criação de política pública e dinamização de ações de leitura locais. Nenhuma delas é implantada sem que haja um compromisso expresso, e garantido juridicamente, do órgão público local ou estadual, e a manutenção e renovação dos acervos, previamente definidas em orçamento público anual.

Patrocinadores: Avon, CSN, CRVD, FCA, Holcim, Philips, Politeno, Suzano Petroquímica, Suzano Papel e Celulose, Oi Futuro, JHSF, Telefônica, Satipel e Videolar.

Fonte: http://www.ecofuturo.org.br/programa_ler_e_preciso/educacao_cultura/programa_ler/bibliotecas-comunitarias

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Bons Amigos


Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.

Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.

Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.

Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.

Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.

Porque amigo sofre e chora.

Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.

Porque amigo é a direção.

Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.

Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.

Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,

Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!


Machado de Assis - Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839, faleceu em 29 de setembro de 1908

Fonte internet.

domingo, 11 de outubro de 2009


Bom dia de domingo a todos quanto possam estar nos visitando neste momento.


A cerca de 2(dois) meses na nossa tv local em Santos, A TV Tribuna, uma das afiliadas da rede Globo, passou em 3(três) sábados consecutivos no programa "Rota do Sol", uma série que me chamou demais a atenção. Uma produção sobre a cidade de Conservatória, se nunca ouviram falar procurem. É pequenina mas exala música no ar, esta cidadezinha de clima frio que se situa na encosta da serra no estado do Rio de Janeiro, quase divisa com Minas Gerais.
Uma local bem charmoso onde a princípio se imagina ser habitada somente por idosos, já que é conhecida como "a capital das serenatas e serestas", músicas melodiosas, semelhantes às trovas, que são apresentadas nos finais de semana e atraem muitos turistas.

O que me fascinou mesmo além das serestas que acontecem é o grande número de crianças e jovens que desde cedo se interessam por aprender a tocar os instrumentos e a cantar músicas antigas... aquelas bem mais conhecidas por nossos pais e avós.

Tudo muito bonito, chegando mesmo a emocionar.

Os voluntáros são moradores da cidadezinha que os ensina com muito amor e dedicação, e as aulas acontecem nas praçinhas ao ar livre!



Assim como Serra Negra a cidade de Conservatória vive do turismo local, com venda de artesanato e o encantamento maior que é a música em forma de serenata que invade as ruas noite a dentro sob o luar estrelado ou a chuvinha que cai, assim como a seresta nos cafés e bares locais. Também é muito comum ver a apresentação de corais se apresentando na cidade conforme seu calendário de eventos.



Muito legal não é mesmo?



Mais uma sugestão para as pessoas de boa vontade que possuem o dom de ensinar...e desejem se voluntariar formando quem sabe um grupo pequeno de violão, canto ou qualquer outra arte ligada ao belo!
Caso alguém de Serra Negra tenha interesse de inciar um projeto parecido fale conosco.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"Da gente que eu gosto"

Mário Benedetti é o autor de um texto intitulado "DA GENTE QUE EU GOSTO", que deve ser lido com atenção e daí retirar as ilações devidas.
Cumpre-me partilhar o texto pois vale a pena pensar nisto:

Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.
Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.
Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom ânimo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.
Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato.
Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos.
Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica.
Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada.
Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.Gosto de gente fiel e persistente, que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias.
Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções.
Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereotipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosto de gente que tem personalidade.
Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração. A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.
Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído. Impossível ganhar sem saber perder. Impossível andar sem saber cair. Impossível acertar sem saber errar. Impossível viver sem saber reviver.
A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário.
E ISSO É ALGO QUE MUITO POUCA GENTE TEM O PRIVILEGIO DE PODER EXPERIMENTAR.
Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota...

Mario Benedetti (Paso de los Toros, 14 de setembro de 1920Montevidéu, 17 de maio de 2009) foi um poeta, escritor e ensaísta uruguaio. Integrante da Geração de 45, a qual pertencem também Idea Vilariño e Juan Carlos Onetti, entre outros. Considerado um dos principais autores uruguaios, ele iniciou a carreira literária em 1949 e ficou famoso em 1956, ao publicar "Poemas de Oficina", uma de suas obras mais conhecidas. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema. Fonte biográfica: Wilkipédia

Recebí este texto de presente de uma grande amiga que falou ser todo ele a minha cara. Imagina eu...com tanto ainda a aprender... então decidi postá-lo aqui e no meu blog pessoal...grande lição de carater e transparência. Cássia

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Uma biblioteca sem livros - Será este o nosso futuro próximo?

Com 144 anos de tradição, uma instituição de ensino da região de Boston, EUA, a Cushing Academy, decidiu encerrar as actividades da sua velha biblioteca.
Parece muito radical numa visão conservadora, mas a Cushing Academy está a desfazer-se de todo o seu acervo bibliográfico com mais de 20 mil livros impressos, para dar lugar a uma biblioteca considerada dentro dos padrões do século XXI. Metade desses livros já foram doados, como romances, poesias, biografias, etc.
Nas palavras do director da instituição, James Tracy, o suporte em que se baseia um livro está desfasado, e por isso tomou esta decisão com o objectivo de fazer um profundo upgrade tecnológico.

No lugar das estantes de livros, o intuito é construir uma biblioteca virtual onde os estudantes poderão utilizar e-books, laptops e ecrãs com projecção de conteúdos da internet. No lugar do balcão de referência, haverá uma pequena cantina e uma máquina de capuccino de US$ 12.000.

É caso para perguntar, será este o futuro próximo das bibliotecas? Irão os livros em papel desaparecer da face do nosso planeta? O que é certo é que a tecnologia avança, diariamente, a um ritmo alucinante. Agora, outra questão que se coloca é a seguinte: onde irão parar todos os livros que forem descartados das bibliotecas? Enfim...

Matéria publicada pelo Grupo Bibliotecários e enviada por e-mail ao Valdo

Maioria dos museus está concentrada na Região Sudeste

Entre 2005 e 2006 cresceu em 7% o número de municípios brasileiros que têm museus.
São 1.496 unidades espalhadas em 1.219 cidades, a maior parte concentrada em São Paulo (410), no Rio Grande do Sul (358), em Minas Gerais (308) e no Rio de Janeiro (194). Na outra ponta está Roraima, com apenas três museus.
Os dados são do Anuário de Estatísticas Culturais do País 2009, divulgado neste mês pelo Ministério da Cultura. No país, 21,9% dos municípios têm pelo menos um museu.
A melhor distribuição está no Rio Grande do Sul, onde 46,17% das cidades contam com esse centro de conhecimento. Em seguida aparecem o Rio de Janeiro (42,39%), Santa Catarina (38,91%) e o Espírito Santo (34,62%).
A situação é um pouco melhor em relação às bibliotecas públicas: 89% dos municípios declararam ter pelo menos uma em funcionamento. O Rio de Janeiro e Espírito Santo são os únicos estados em que 100% das cidades possuem o equipamento. Pernambuco aparece em segundo lugar com 97%, seguido de Mato Grosso do Sul com 96,15%. O Amazonas ocupa a última posição com apenas 59,68%.
De acordo com o secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, José Luiz Herencia, a meta da pasta é zerar o número de municípios sem biblioteca pública até o fim de 2009. Em números absolutos, são 4.951 bibliotecas. Minas Gerais é o estado com o maior número, com 793. Quatro estados do Sul e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná) concentram quase a metade das bibliotecas públicas do país.
Grupo Bibliotecários
Matéria publicada e enviada por e-mail ao Valdo

Biblioteca Digital Mundial

Esta matéria é fantástica...não deixem de ler e acessar o site.
Uma verdadeira jóia

Envio-vos o arquivo cultural mais importante que já recebi!!!
A NOTÍCIA DO LANÇAMENTO DO WDL NA INTERNET....A BILBIOTECA DIGITAL MUNDIAL. Grande presente da UNESCO PARA A HUMANIDADE!!!!
Especialmente para "OS JOVENS".
Já está disponível na internet, através do site http://www.wdl.org/
Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta. Tem, sobretudo, um caráter patrimonial, antecipou Abdelaziz Abid, coordenador do projeto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições.
A BDM não oferecerá documentos atuais, senão “com valor patrimonial, que permitam apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em nos seguintes idiomas: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos online em mais de 50 idiomas”.
“Entre os documentos mais antigos, há alguns manuscritos pré-colombianos, graças a contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei da Espanha em 1562”, explicou Abid.
Os tesouros incluem o Hyrakumanto darani, um documento japonês publicado no ano de 764, considerado o primeiro texto impresso da história; há também um relato dos astecas que constitui a primeira menção ao Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de árabes científicos desvendando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e estelas chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e da célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.
Fácil de navegar, cada jóia cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação de seu conteúdo e significado. Os documentos foram escaneados e incorporados em seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre ela o PORTUGUÊS.
A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi desenvolvida para receber um número ilimitado de textos, gravuras, mapas, fotografias e ilustrações.
Como aceder ao local global: Embora seja apresentada oficialmente neste domingo, dia 27 de setembro na sede da UNESCO, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível, através do site http://www.wdl.org/. O acesso é gratuito e os usuários podem acessar diretamente pela Web, sem necessidade de registrar-se. Quando alguém clica no endereço http://www.wdl.org/, tem a sensação de tocar com as mãos a história universal do conhecimento. A BDM permite ao internauta orientar sua busca por épocas, lugares geográficos, tipos de documentos e instituições. Como os documentos foram escaneados em seu idioma original é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Loann Veniamiov, em 1840. Com um simples clique, podem-se folhear as páginas de um livro, aproximar e distanciar o texto e movê-lo em todos os sentidos. A excelente qualidade das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa. Entre as jóias contidas neste momento na BDM, está a Declaração da Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de vários países; o diário de um estudioso de Veneza que acompanhou Fernando de Magalhães em sua viagem ao redor do mundo; o original das “Fábulas” de Lafontaine, o primeiro livro em espanhol e tagalog, publicado nas Filipinas, A Bíblia de Gutenberg, e umas pinturas rupestres africanas, datadas de 8.000A.C.
Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas: America Latina e Oriente Médio: Isso se deve a participação ativa da Biblioteca Nacional do Brasil, a Biblioteca Alexandrina do Egito e a Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.
A estrutura da BDM foi calcada no projeto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos online. Seus responsáveis afirmam que a BDM é, sobretudo, destinada a investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste este site vai muito mais além da incitação ao estudo das novas gerações, que vivem em um mundo audiovisual. Este projeto é tampouco um compêndio da história online: é a possibilidade de aceder, intimamente e sem limite de tempo, ao exemplar inestimável, inacessível, único, que alguém alguma vez sonhou em conhecer.

Wilma Nóbrega
Bibliotecária Grupo Bibliotecários
Esta matéria foi publicada e enviada por e-mail ao Valdo.

sábado, 26 de setembro de 2009

Para Pensar - Paulo Coelho

Um homem recebeu, certa vez, a visita de alguns amigos.


- Gostaríamos muito que nos ensinasse aquilo que aprendeste todos esses anos, disse um deles...

- Estou velho, respondeu o homem.

- Velho e sábio, disse outro. Afinal de contas, sempre te vimos rezando durante todo esse tempo.

-O que conversas com Deus?

-Quais são as coisas importantes que devemos pedir?

O homem sorriu.

- No começo, eu tinha o fervor da juventude, que acreditava no impossível. Então, eu me ajoelhava diante de Deus e pedia para que me desse forças para mudar a humanidade.
Aos poucos, vi que era uma tarefa além das minhas forças. Então, comecei a pedir a Deus que me ajudasse a mudar o que estava à minha volta.

- Nesse caso, podemos garantir que parte de seu desejo foi atendido, disse um dos amigos...
Seu exemplo serviu para ajudar muita gente.


- Ajudei muita gente com meu exemplo. Mesmo assim, sabia que não era a oração perfeita. Só agora, no final da minha vida, é que entendi o pedido que devia ter feito desde o início.

- E qual é este pedido?

- Que eu fosse capaz de mudar a mim mesmo!

Autor: Paulo Coelho
Fotos garimpada na internet. Colaboração da amiga Cássia

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Este texto do Roberto Shinyashiki é uma homenagem ao meu pai

O maravilhoso quando se cria um blog, é a diversidade de conteúdo que podemos publicar nele.
Então enquanto o meu blog particular não fica pronto para ir ao ar, deixo aqui esse texto maravilhoso que traduz a essência do meu pai Valdo, seu trabalho, sua vontade, sua abnegação, seu caráter humano!
E acredite, sua pérolas estão sendo cultivadas...para você Pai.
“Quando o indivíduo tem compromisso com sua essência, a vida não se torna um fardo pesado de carregar.
Não tenha medo de ser você.
Felicidade é como dieta, todo mundo sabe o que tem de fazer para conseguir seu objetivo, mas a maioria não põe em prática esse conhecimento.
A primeira transformação necessária para que ocorra a felicidade é passar a acreditar na possibilidade de um mundo onde todos possam se realizar.
Lealdade aos meus funcionários também é lucro. É importante perceber que o despertar depende de você. Nossas riquezas ultrapassam o lado material.
É preciso saber lutar como um leão, mas lutar por sonhos que valham a pena.
Liberte seu coração e deixe que ele construa seu futuro.
A luta é indispensável para realizar as metas da alma, ou seja, lutar é saudável quando se constrói a felicidade.
O mais importante de tudo é poder ter a sensação de que viver vale a pena.
Ser amigo de si próprio é compreender seus erros e ser seu cúmplice para enfrentar os desafios.
Com minha felicidade contribuí com mais luta para o planeta.
Não desfrute somente o sol, aprecie também a lua.
A felicidade é uma experiência ligada à sabedoria
Sua vida muda quando você muda.
O primeiro passo para promover uma mudança é libertar-se da imagem que você transmite aos outros.
Negar as próprias aspirações é um desperdício de energia que faz falta para suas realizações.
A sociedade exige que sejamos bonzinhos, mas quem é bonzinho o tempo todo acaba enlouquecendo de verdade.
A pior maneira de não chegar a determinado lugar é pensar que já se está lá.
Quando alguém se dedica a alimentar ilusões, perde oportunidades.
Você tem mais valor do que qualquer cargo.
A melhor cura do baixo-astral é abrir os olhos para o mundo.
A felicidade é feita de pequenas pérolas que você cultiva a cada dia, a cada hora.
Enquanto você acreditar, o medo não vai se instalar.
Para viver intensamente é necessário conviver com os riscos.
O medo reside no sofrimento do passado e cria a dor do futuro.
Nosso maior adversário está dentro de nós.
Uma das armadilhas mais comuns da infelicidade é o adiantamento.
Antes de reagir, observe.
As pessoas costumam sofrer mais do que a situação exige.
O amor é um aprendizado. Como diz o poeta, amar se aprende amando.
Nunca desista de um amor simplesmente por causa dos obstáculos.
Poder é ser dono de sua atenção.
Quando o amor é artificial, o dinheiro tornar-se fundamental.
Nós é que transformamos a semente em árvore para poder colher os frutos.
É importante entender que o sofrimento quase sempre é uma opção individual.
Sofrer ou não é uma decisão de cada pessoas e de mais ninguém.
O problema é que destruir o passado é o mesmo que abandonar uma parte de si próprio.
As pessoas estão se esquecendo do quanto é gostoso sair só para se divertir, conhecer gente, trocar afetos e fazer amizades.
As feridas da alma são curadas com carinho, atenção e paz.
Você é a pessoa que escolhe ser.
O ser humano saudável é infinitamente criativo, mas quando fica neurótico torna-se excessivamente rígido.
As pessoas criam mitos para depois se decepcionar com eles.
As pessoas acreditam e vivem baseadas em suas verdades.
Sua vida é conseqüência do que você é.
Quando se tem sonho grande, a vida se expande.
Sonhos grandes impulsionam, motivam, dão energia.
Sonhar é de graça, mas realizá-lo custa muito.
Problemas não impedem ninguém de ser feliz.
A felicidade é a oportunidade que você cria para ser o artista de sua autocriação.
Felicidade é algo que vive dentro de você, de seu coração.
Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo.
É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos e o coração desocupados”
Roberto Shinyashiki

Santista de nascimento Roberto Shinyashiki é psiquiatra empresário, famoso autor de livros de auto-ajuda e palestrante motivacional.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

Texto de colaboração da amiga Cássia

Santistas visitam nosso espaço!

Neste final de semana as amigas santistas Nair e Renata, estiveram na nossa Biblioteca Comunitária, conhecendo o acervo e um pouco mais do nosso trabalho solidário e voluntário...

Agradecemos a visita de amigas tão queridas que deixaram conosco muito do seu carinho e atenção e levaram consigo o nome da nossa causa para os amigos da maravilhosa cidade santista!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um pouco sobre este Pensador

"Ouço e Memorizo
Vejo e Recordo
Faço e Aprendo".


Confúcio


Confúcio (551 a.C. - 479 a.C.) é o nome latino do pensador chinês Kung-Fu-Tse. Foi a figura histórica mais conhecida na China como mestre, filósofo e teórico político. Sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China mas também sobre toda a Ásia oriental.
Conhece-se muito pouco da sua vida. Parece que os seus antepassados foram de linhagem nobre, mas o filósofo e moralista viveu pobre, e desde a infância teve de ser mestre de si mesmo. Na sua época, a China estava praticamente dividida em reinos feudais cujos senhores dependiam muito pouco do rei.
Nascimento e juventude
Confúcio, também conhecido como , K'ung Ch'iu, K'ung Chung-ni ou Confucius, nasceu em meados do século VI (551 a.c.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu, hoje Shantung. Aos quinze anos, resolveu dedicar suas energias em busca do aprendizado.

Em vários estágios de sua vida empregou suas habilidades como pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros.

Ele era alto, forte, enxergava longe, tinha uma barriga cheia de Chi, usava longa barba, símbolo de sabedoria, mas se vestia bem e era simples. Era também de um comportamento exemplar, demonstrando sua doutrina nos seus atos. Pescava com anzol, dando opção aos peixes, e caçava com um arco pequeno, para que os animais pudessem fugir. Comia sem falar, era direto, franco, acreditava ser um representante do céu.

Ideias
Sua ideia de organização da sociedade buscava também recuperar os valores antigos, perdidos pelos homens de sua época. No entanto, em sua busca pelo Tao, ele usava de uma abordagem diferente da noção de desprendimento proposta pelos taoístas. Sua ideia estava embasada num critério mais realístico, onde a prática do comportamento ritual daria uma possibilidade real aos praticantes de sua doutrina de viverem em harmonia.
Apesar das ideias de conformismo que possam ser atribuídas a esse pensamento, elas são errôneas. Confúcio não pregava a aceitação plena de um papel definido para os elementos da sociedade, mas sim que cada um cumprisse com seu dever de forma correta. Já o condicionamento dos hábitos serviria para temperar os espíritos e evitar os excessos. Logo, sua doutrina pregava a criação de uma sociedade capaz, culturalmente instruída e disposta ao bem estar comum. Sua escola foi sistematizada nos seguintes princípios:
Ren, humanidade ( altruísmo);
Li, ou cortesia ritual;
Zhi, conhecimento ou sabedoria moral;
Xin, integridade;
Zhing, fidelidade;
Yi, justiça, retidão, honradez.

Após sua morte, Confúcio recebeu o título de "Lorde Propagador da Cultura Sábio Supremo e Grande Realizador" (大成至聖文宣王), nome que se encontra registrado em seu túmulo.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mensagem do Grupo Bibliotecários - sobre Redes Sociais

Vivemos em uma Sociedade do Conhecimento que tem por base o capital intelectual e é inevitável, bem como aceitável, o compartilhamento deste conhecimento. Uma das grandes ferramentas para compartilhar este conhecimento é a Internet, que inexoravelmente chegou e ocupou o seu espaço (ainda bem!!!).Antes de continuarmos com esta "conversa" quero fazer um parêntese e uma pergunta: como se dá nosso pensamento? (e já respondendo...)Acredito que a mais simples idéia, que acontece no interior de nossos cérebros, é realizada com ligações tanto verticais como horizontais e é nisso que identifico-o (nosso pensamento) com a Internet, pois ela também acontece com todos os hiperlinks e hipertextos possíveis, realizando as conexões horizontais e verticais! Repito a Internet é uma ótima ferramenta e concordo plenamente com Valfredo: quando bem utilizada produz ótimos resultados e porque não utilizarmos a Biblioteca para capacitar os seus usuários/clientes a bem utilizá-la? Acontece agora o advento das Redes Sociais e consequentemente suas ferramentas (AdSense, Ajax, Blogs, Mash-ups, RSS, Tagging e Wikis, ou seja: Orkut, Facebook, You Tube, Twitter, Blogs, Flickrs, Wikipédia, GoogleReader, Delicious, entre tantas outras), baseiam-se em compartilhamento deste conhecimento e é mais do que sabido que todos utilizam, se não for hoje, será amanhã, como aconteceu com máquina de lavar, liquidificador, microondas, enfim como todas as outras ferramentas. Só que nestas ferramentas o produto é diferente: CONHECIMENTO e repito: são ótimas maneiras de compartilhar conhecimento. Se não nos apropriarmos desses conhecimentos para capacitarmos os nossos usuários/clientes, alguém o fará e mais uma vez perderemos espaço profissional! Sem contar nas imensas possibilidades de ai se introduzirmos conceitos de "Information Literacy", quem poderia querer melhor? Mãos à obra!
Deixo aqui meu alerta, pensem nisso!
Abs,
Regina Fazioli
Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo
http://www.bv.sp.gov.br/

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

75º Fórum do Comitê Paulista para a Década da Cultura de Paz parceria UNESCO - 15/09/2009

UMA NOVA VISÃO SOBRE AS REDES SOCIAIS EXPLORAÇÕES DO ESPAÇO
- TEMPO DOS FLUXOS -
Uma mudança significativa em nossa visão sobre a sociedade vem ocorrendo nos últimos anos com a descoberta das redes sociais. Com efeito, as redes sociais são surpreendentes. Muitos esperam assumir uma posição de vanguarda ou de destaque “aderindo” a elas. Não raro ficam chocados quando descobrem que a rede social não é nada mais do que a sociedade. A rede social não é um novo modo de chamar a atenção para pessoas, idéias ou produtos. Existe uma ampla literatura empresarial afirmando que quanto mais conectada estiver uma pessoa, mais chances de sucesso ela terá em sua carreira ou em seus negócios e há grande empenho em descobrir as regras do marketing em rede ou do marketing viral. Muitos querem descobrir o segredo de como desencadear ações que possam crescer exponencialmente, amplificadas pelos mecanismos próprios das redes, de sorte a mudar o comportamento dos agentes do sistema em ampla escala. Toda essa curiosidade é legítima, mas nem sempre se pode dizer o mesmo das motivações e atitudes, que, às vezes, a acompanham. Se quisermos usar as redes sociais com expectativa instrumental, é quase certo que sairemos frustrados. De fato, essa visão nos impede de ver que as verdadeiras redes sociais — quer dizer, as redes sociais distribuídas — não podem ser urdidas pelo desejo de controle ou pela vontade de poder. Mas como fazer uma rede social propriamente dita, isto é, uma rede distribuída? Este fórum se propõe a discutir as respostas para esta questão.
AUGUSTO DE FRANCO, alcançou, depois de 30 anos fora da universidade (o Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro), a difícil condição de autodidata. É consultor e professor. Tem cerca de 20 livros publicados sobre desenvolvimento, capital social e redes sociais, entre eles: Escola de Redes: tudo que é sustentável tem o padrão de rede; Terceiro Setor, a nova sociedade civil e seu papel estratégico para o desenvolvimento; Escola de Redes, novas visões sobre a sociedade, o desenvolvimento, a internet, a política e o mundo glocalizado. É um dos netweavers da Escola-de-Redes.
ENTRADA FRANCA: 15 de setembro de 2009 • terça-feira • 19 horas
Auditório do MASP • Museu de Arte de São Paulo Av. Paulista, 1578 - São Paulo - SP
(Estação Trianon-Masp do Metrô)
Informações: Palas Athena (11) 3266-6188

domingo, 13 de setembro de 2009

Pablo Neruda - O Poeta do século XX

Sua obra é lírica, plena de emoção, marcada por um acentuado humanismo e influência do modernismo.

Um dos maiores poetas latino-americanos do século XX, Pablo Neruda nasceu no dia 12 de julho de 1904, na cidade de Parral, no Chile, batizado como Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Ele era filho do operário ferroviário Jose Del Carmen Reyes Morales e da professora primária Rosa Basoalto Opazo, morta durante o parto. Seu pseudônimo – oficializado como nome verdadeiro após entrar com uma ação legal – foi inspirado por seus poetas preferidos, o tcheco Jan Neruda e o francês Paul Verlaine.
Sua família partiu para Temuco em 1906. Aí seu pai contrai novo matrimônio, desta vez com Trinidade Candia Marverde, a quem o poeta se dirige como Mamadre em trechos de seus livros Confesso que vivi e Memorial de Ilha Negra. Neruda ingressa no Liceu de Homens, nesta mesma cidade, quando tinha mais ou menos sete anos. Nesta instituição ele escreve seus primeiros poemas, publicando-os no veículo La Manãna. Seu primeiro reconhecimento literário é conquistado em 1919, quando ele alcança o terceiro lugar nos Jogos Florais de Maule, inscrito com o poema Noturno Ideal.
Em 1920 o poeta passa a colaborar com o periódico literário Selva Austral, já assinando seus poemas com o nome artístico por ele concebido. Ao ingressar no curso de pedagogia em francês do Instituto Pedagógico da Universidade do Chile, em 1921, ele se fixa em Santiago, e aí conquista seu primeiro prêmio, na Festa da Primavera, com o trabalho A Canção de Festa, impresso depois na revista Juventude. Em 1923 vem a público o livro Crepusculário, consagrado por artistas do porte de Alone, Raúl Silva Castro e Pedro Prado
Um ano depois ele publica seu famosoVinte poemas de amor e uma canção desesperada, apresentando ainda em sua poética sinais do movimento modernista. Futuramente ele adotará metas e transformações defendidas pela vanguarda literária em três volumes curtos, lançados em 1936 – O habitante e sua esperança; Anéis, no qual colabora com Tomás Lagos; e Tentativa do homem infinito.
Em 1927 ele é nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia, dando início à sua trajetória diplomática. Nesta profissão ele passa pelo Sri Lanca, por Java Singapura, Buenos Aires, Barcelona e Madrid, mantendo contato nestas travessias com artistas e integrantes famosos do universo cultural, entre eles o poeta Federico Garcia Lorca, em Buenos Aires, e Rafael Alberti, em Barcelona. Em 1930 ele contrai matrimônio com María Antonieta Hagenaar, obtendo o divórcio em 1936. Posteriormente ele passa a viver com Delia de Carril, casando-se depois em 1946, até novamente se divorciar, em 1955. O poeta se casa de novo em 1966, desta vez com Matilde Urrutia.
O poeta recebe, em 1935, a administração da revista Cavalo verde para a poesia, onde trabalha ao lado dos poetas que integram a geração de 27. Neste mesmo ano é lançada em Madri uma edição de sua obra Residência na Terra. Um ano depois tem início a Guerra Civil Espanhola e Neruda, inconformado com a morte de seu companheiro Garcia Lorca, adere ao Movimento Republicano. Inspirado por estes momentos difíceis, ele cria Espanha no Coração, na França, em 1937, voltando neste mesmo ano para sua terra natal. Suas obras são nesta época permeadas pelas mesmas inquietações político-sociais.
Ele é indicado, em 1939, para assumir o cargo de cônsul para a imigração espanhola em Paris, e logo depois vai para o México como Cônsul Geral. Aí ele dá vida a uma de suas principais obras, Canto Geral do Chile, um poema de teor épico, que descreve a bela natureza e a história social da América continental. É escolhido como senador da República, em 1943, mas logo depois passa a ser reprimido pelo Estado, por suas duras críticas ao governo, e é obrigado a buscar asilo político na Europa.Ele obtém, em 1953, o prêmio Stalin da Paz, conquistando em 1965 o título honoris causa da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Em outubro de 1971, no auge da fama, ele ganha uma das premiações mais importantes do universo literário, o Prêmio Nobel de Literatura. Sob o comando do socialista Salvador Allende, o poeta é nomeado embaixador na França. Nesta época ele adoece e volta, em 1972, para o Chile. No dia 23 de setembro de 1973 ele morre, vítima de câncer na próstata, na Clínica Santa Maria de Santiago, no Chile.
Texto biografico enviado pelo amigo e colaborador Eliahou Kogan

Cem Sonetos de Amor - Soneto I -

MATILDE, nome de planta ou pedra ou vinho,
do que nasce da terra e dura,
palavra em cujo crescimento amanhece,
em cujo estio rebenta a luz dos limões.

Nesse nome correm navios de madeira
rodeados por enxames de fogo azul-marinho,
e essas letras são a água de um rio
que em meu coração calcinado desemboca.

Oh nome descoberto sob uma trepadeira
como a porta de um túnel desconhecido
que comunica com a fragrância do mundo!

Oh invade-me com tua boca abrasadora,
indaga-me, se queres, com teus olhos noturnos,
mas em teu nome deixa-me navegar e dormir.

Pablo Neruda
Tradução: Carlos Nejar


Colaboração do amigo Eliahou Kogan

sábado, 12 de setembro de 2009

DEFINIÇÕES

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta para os outros.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente mas, geralmente, não podia.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.

Não... Amor é um exagero... também não.

Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?

Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação.

Esse negócio de amor, não sei explicar.

Texto de Mário Prata
Mário Alberto Campos de Morais Prata (1946) escritor e jornalista brasileiro.

Colaboração da amiga Cássia

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Homenagem da Câmara Municipal de Serra Negra

Carta de parabenização pelo 9º ano de existência da Biblioteca Comunitária Liberdade Cultural, comemorado no dia 29 de agosto.

Ao receber este documento da Câmara Municipal, nos parabenizando pelos 9 (nove) anos de existência, percebi o quanto já caminhamos para fazer crescer a nossa biblioteca comunitária.

Agradeci a Deus, pois tive a imensa satisfação em conhecer pessoas que tornaram-se nossas amigas e agora fazem parte dessa família cultural, como membros diretores!

Nestas últimas semanas repletas de eventos como a 2ª Feira do Livro, a comemoração de aniversário da nossa Biblioteca Comunitária e a Festa Italiana, venho agradecer a cada um de vocês amigos diretores pelo apoio recebido...como trabalhamos.

Vocês que acreditaram no meu SONHO e os transformaram em NOSSOS!

Compartilhamos angústias e preocupações, metas e desafios.

Chegamos até aqui, porém sabemos que o caminho ainda é longo.

Estamos juntos, por isso agradeço a todos da minha diretoria por acreditarem em mim.

Agradeço pelo envolvimento pessoal de cada um, por suas iniciativas em fazer deste projeto piloto um Projeto Social e Intelectual capaz de sobreviver, e digo mais, sem vocês nada disso teria se tornado real. Aqui fica o meu muito obrigado, é muito bom poder contar com vocês!

Abraços Libero Culturais,

Valdo de Souza

domingo, 6 de setembro de 2009

La festa gastronomica dell'anno

Minha homenagem aos que participaram e se envolveram neste trabalho voluntário para arrecadação de fundos para seus projetos culturais e assistenciais.
Aqui a equipe da nossa ONG


mais informações e fotos sobre este evento...


Nos destacamos pela qualidade do produto servido, a Lasanha da dna. Suzana, nossa expert em assuntos culinários, e no carinho do atendimento prestado pela nossa equipe.


Seguiu em ritmo acelerado a Festa Italiana realizada mais um ano pela prefeitura de Serra Negra com a participação de várias entidades assistenciais e o coral da cidade.



A nossa barraca "ONG Liberdade Cultural" foi um sucesso absoluto!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Alfabetizando "Chico Bento"

Nota: Faz um tempo que escrevi esse artigo e o publiquei. Porem, vendo-me na mesma situação, resolvi compartilhar com vocês novamente essa aventura...

Durante alguns anos, tive a oportunidade de alfabetizar alunos de colégios particulares da cidade de São Paulo – Capital.
Trabalhei com crianças de famílias providas de nível sócio-econômico-cultural definidos e portadores de excelentes oportunidades e vivências compensadoras.
Ao chegar em cidade do interior de São Paulo, passei a exercer um trabalho de intervenção psicopedagógica em crianças possuidoras de um “rótulo” classificadas como problemáticas.
Tinham a fama de não seguir o ritmo da sala. Não liam e não escreviam.
Com o passar do tempo, passei a notar, em conversas informais, que o dialeto dessas crianças vinha de um linguajar regional.
Uma das crianças disse-me:
- “Minha mãe me ponhou nessa iscola, purque é mai pertu.”
Passei a pensar sobre essa frase e comecei a analisá-la.
Suas professoras queixavam-se que seus alunos não liam e não escreviam. Seus textos eram todos mal redigidos.
Os alunos escreviam como falavam.
Em casa, seus pais sendo simples e humildes, muitos analfabetos, comunicam-se com seus filhos dizendo: “Venha ponhar a xicra na mesa.”
Eu me pergunto: Certo? Errado? Problema de Aprendizagem?
Várias indagações circundaram meu pensamento.
Será realmente problema de aprendizagem?
Será falta de acompanhamento e proximidade no ato de ensinar?
Hoje, como professores, deparamos com salas de aulas super lotadas onde fica difícil dar atenção especial, acompanhamento e maior proximidade no momento de ensinar.
O que está acontecendo é que nosso “Chico Bento” está sendo alfabetizado em conjunto e não está sendo trabalhada a sua dificuldade individual.
Em casa falam e ouvem o linguajar popular e até mesmo, regional.
Na escola lhe é cobrado a linguagem culta.
Numa produção de texto, quando o aluno escreve “minha irmã pegou uma foia e ponhou na mesa”, fica sendo considerado fraco e necessitado de reforço escolar.
Justamente é que me pergunto: "Será realmente, essa criança, portadora de problema de aprendizagem?
Penso ser necessário nesse momento, realizar um trabalho que consista em lhe mostrar a linguagem mais adequada em escrever e falar.
Lendo histórias em quadrinhos do Chico Bento, personagem criado por Maurício de Sousa, podemos nos deparar com o “caipirês”. É justamente dessa forma que essas crianças se comunicam.
O que devemos fazer é realizar um trabalho consciente fazendo com que a criança perceba as formas de se comunicar, sabendo usar a linguagem adequada e se fazendo entender.
Devemos enquanto profissionais da educação, repensar quando afirmamos a deficiência do aluno.
Devemos entender e re-alfabetizar nosso “Chico Bento”.

Colaboração da nossa amiga Valquiria Miguel Luchezi
Pedagoga e Psicopedagoga

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Estilos...


A Lua Cheia adora vestido de bolinha
Diz que realça as suas formas.

A Lua Crescente fica indecisa pra se vestir e acaba sempre pedindo emprestado o blue jeans do Dragão Ariosto.

A Lua Minguante acha as lojas do céu muito caras e confecciona suas próprias roupas na máquina de costura da Aranha Tatanha.

A Lua Nova adora os lenços e os laços,
mas o que gosta mesmo é de um abraço.
Eloí Elizabet Bocheco


Contribuição de texto da amiga e colaboradora Cássia

Festa Italiana

Nossa Festa Italiana foi antecipada para os dias 04/05/06 e 07 de setembro

Organizada pela Prefeitura de Serra Negra e com renda totalmente revertida as entidades e instituições do município, contará com várias barracas com deliciosas comidas típicas italian: spaghetti, ciccioli, cappeletti, rondelli, polenta com frango. gnoche, bruscheta, penne, risotto, pane e a deliciosa lasagna da dna. Suzana na barraca "ONG Liberdade Cultural" entre outras tantas gostosuras...(foto ao lado refere-se a Festa de 2008).

Horário para o público:

04/09 (sexta-feira) - das 19:00hs às 01:00hs

05/09 e 06/09 (sábado e domingo) - das 11:00hs às 01:00hs

07/09 (feriado) - das 11:00hs até o último cliente

Local Pç. João Zelante (Principal)

Haverá shows e apresentações de música e dança típicas. Venham nos prestigiar...precisamos do apoio de todos!

Era uma vez...

Um riacho de águas cristalinas, muito bonito, que serpenteava entre as montanhas.

Em certo ponto de seu percurso, notou que à sua frente havia um pântano imundo, por onde deveria passar.
Olhou, então, para Deus e protestou:

"Senhor, que castigo! Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso, e você me obriga a atravessar um pântano sujo como esse! Como faço agora?"


Deus respondeu:

"Isso depende da sua maneira de encarar o pântano. Se ficar com medo você vai diminuir o ritmo de seu curso, dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas com as do pântano, o que o tornará igual a ele.
Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão, suas águas se espalharão sobre ele, o sol as transformará em gotas que formarão nuvens, e o vento levará essas nuvens em direção ao oceano.
Ai você se transformará em mar."

Assim é a vida.
As pessoas engatinham nas mudanças.
Quando ficam assustadas, paralisadas, pesadas, tornam-se tensas e perdem a fluidez e a força.

É preciso entrar prá valer nos projetos da vida, até que o rio se transforme em mar.
Se uma pessoa passar a vida toda evitando sofrimento, também acabará evitando o prazer que a vida oferece.
Há milhares de tesouros guardados em lugares onde precisamos ir para descobri-los.

Há tesouros guardados numa praia deserta, numa noite estrelada, numa viagem inesperada, num salto de asa-delta...
O importante é ir ao encontro deles, ainda que isso exija uma boa dose de coragem e desprendimento.

Não procure o sofrimento.
Mas, se ele fizer parte da conquista, enfrente-o e supere-o.
Arrisque, ouse, avance na vida.
Ela é uma aventura gratificante para quem tem coragem de arriscar.

Roberto Shinyashiki

Texto publicado com a colaboração da amiga Cássia