Um sonho a se realizar!

Na verdade, as Bibliotecas são instrumentos de Paz, pois reúnem a juventude, de forma bem eficaz.
Quem frequenta uma biblioteca, muda de opinião, aprende e se satisfaz.
O projeto Biblioteca, tem essa finalidade: trabalhar para construir, uma nova sociedade, como cidadãos
conscientes, mais finos, mais eloquentes, com mais força e mais vontade.

As bibliotecas na verdade, promovem mudança e, com isso,
a juventude enaltece, dando apoio e confiança, pois a boa educação, começa com a atenção que damos as crianças.

Viva pois a BIBLIOTECA, um Projeto que está modificando a nossa comunidade, porque só a educação
pode dar ao cidadão, CONSCIÊNCIA E LIBERDADE!


Por Valdek de Garanhuns - Poeta de Cordel



domingo, 6 de dezembro de 2009

Bibliotecas comunitárias levam a literatura a cidades carentes do Distrito Federal

A história das bibliotecas não começa com os livros. Muito antes de nascerem esses objetos tão atacados quando a intenção é oprimir o conhecimento, o homem já catalogava seus conhecimentos em espaços físicos reservados para tal. O livro é apenas uma das formas de armazenar a escrita inventada pelo homem muito antes de Gutemberg popularizar a prensa. A biblioteca nasce, antes de tudo, de um desejo de agregar o conhecimento. Luiz Costa, Dilma de Fátima Mendes, Sebastião José Borges, Geraldo Marques Damas e Luiz Rodrigues de Lima sabem muito bem disso. Sentiram essa comichão antes mesmo de poderem manusear um livro. Todos cresceram em ambientes desprovidos de literatura, com pouco acesso à educação formal, mas com uma sensibilidade capaz de guiá-los em direção ao mundo das letras. Sem recursos ou apoio do governo, dentro de suas próprias casas e em áreas pobres do Distrito Federal, eles montaram pequenas bibliotecas para atender à comunidade do bairro e vislumbraram na iniciativa uma alternativa à falta de lazer que pontua as cidades mais pobres da região. Os espaços são simples, abrem diariamente ou a pedidos e contm uma variedade razoável de livros. Literatura, publicações didáticas, enciclopédias e dicionários estão em todas essas bibliotecas frequentadas principalmente por crianças e adolescentes. Todos os volumes foram doados depois de um boca a boca que espalhou a intenção dos bibliômanos. Veja abaixo as histórias dessas iniciativas mantidas por vontade própria graças à demanda intensa das comunidades.


Alexandre Abreu, da Biblioteca Alice Maria

Biblioteca Alice Maria Bisol Cascão — Guarita da Ceasa
A guarita que um dia serviu à vigilância na entrada da Ceasa estava abandonada. Ocupada por sem tetos e ponto de consumo de drogas, a pequena casinha assustava os frequentadores do local até ganhar reforma, 10 estantes e 5 mil livros. “A biblioteca ainda é novinha e pouco frequentada e o pessoal ainda não está acostumado”, explica Antonio José Laurindo, vigilante responsável pelo local. A média de visitantes é de três a quatro pessoas por dia, mas Laurindo não desanima diante das mesas e das paredes branquinhas de tão novas. Reabilitada por iniciativa da rede de postos Gasol como parte de um projeto que, desde 2007, ajudou a incrementar 54 bibliotecas públicas no Distrito Federal em parceria com administrações regionais, a guarita da Ceasa não exige registro dos visitantes. Quem quiser pode preencher uma ficha com dados pessoais, mas não há obrigatoriedade. “É para não intimidar e não ter aspecto formal”, avisa Alexandre Abreu, coordenador do espaço.

Biblioteca Luiz Lima — Visão do Futuro — Recanto das Emas
Quando já passa das 20h e um menino bate na porta em busca de um livro, Luiz Rodrigues de Lima fica feliz da vida. A biblioteca é pra isso mesmo. Não tem hora para precisar de livro. Lima aprendeu a ler aos 33 anos. Hoje, aos 46, não quer que ninguém da redondeza deixe de exercitar, por conta da falta de livros, uma das práticas que mais o fascina. O técnico em ar-condicionado reformou a casa, construiu um segundo andar e transformou parte do quarto em que dormia com a mulher em biblioteca. Ali, não há espaço para sentar e ler, por isso os livros estão catalogados e os frequentadores são convidados a levar os volumes para casa. Machado de Assis tem prateleira especial porque é o preferido de Lima, mas divide o espaço dos 4 mil livros com toda a literatura brasileira e uma boa leva de publicações didáticas. A iniciativa fez tanto sucesso que Lima exportou a ideia para outras cidades e estados. Já ajudou a montar seis bibliotecas no Distrito Federal e outros estados, todas com livros doados que guarda na casa de um amigo em Santa Maria. “Cansei de ouvir gente falando ‘Luiz, vou parar de estudar porque não tenho como comprar livro’”, confessa. A primeira biblioteca comunitária de Lima nasceu em Santa Maria, onde morava em 2002. Quando se mudou para o Recanto das Emas, trouxe junto a ideia.

Biblioteca Luiz Lima — Brazlândia
Inspirado na ideia de Luiz Rodrigues de Lima, Geraldo Marques Damas reformou uma sala de uma igreja da Assembléia de Deus em Brazlândia para receber a pequena biblioteca comunitária de 8 mil livros. “Meu objetivo é um trabalho social, divulgar e fazer com que as pessoas tenham uma prática da leitura principalmente nos assentamentos próximos, onde as pessoas enfrentam muitas dificuldade”, explica Damas. O espaço será batizado com o nome de Lima, que ajudou na doação de livros. “Ainda estamos em processo de catalogação, mas não temos restrição de assunto”, avisa Damas, que comemora o lote de 2 mil livros didáticos da biblioteca.

Biblioteca Casa da Memória da Arte Brasileira — Granja do Torto
Luiz Costa saiu de Serra dos Aimorés, no Espírito Santo, aos 12 anos. Chegou a Brasília em 1969. O pai vendeu a roça para ser vigia de bloco na capital. Para o jovem Costa, os planos de um concurso público já estavam traçados. Acontece que o rapaz desenhava e pintava muito bem. Não aguentou a ideia de uma repartição e desviou a própria trajetória. Virou pintor. Quando conseguiu construir uma obra capaz de sustentar a mulher e os dois filhos, começou então a investir em projeto maior. A biblioteca instalada num espaço de 350 m² no quintal da casa, que serve também de ateliê, é exclusivamente dedicada à arte brasileira. Tem um pouco de tudo relacionado ao tema, de catálogos de exposições até livros de luxo, passando, claro, pela literatura especializada e crítica. “Só a arte não me satisfez. Sempre fui muito zeloso pela pintura brasileira, que é muito mal cuidada”, conta. “Temos perto de 3 mil volumes focados em arte brasileira.” Costa atende somente com hora marcada e gosta especialmente do público infantil. Pensando nas crianças, montou uma estrutura para oferecer aulas e promover palestras. “Normalmente, quem leva são as escolas particulares. Aproveito e dou uma palestra sobre a responsabilidade e o privilégio de ter nascido ser humano e depois entro na arte, na pintura e na ecologia. Isso virou um hobby”, avisa. A coleção de livros deve ser consultada no local e o artista vai entrar com pedido no Ministério da Cultura para transformar a biblioteca em ponto de cultura. Costa conseguiu reunir exemplares preciosos como uma enciclopédia dedicada a esmiuçar os acervos dos mais importantes museus brasileiros. Ele mesmo compra os livros ou troca por pinturas.

Biblioteca Comunitária do Bosque — São Sebastião
Quando mudaram para São Sebastião, em 1999, Dilma de Fátima Mendes e Sebastião José Borges ficaram preocupados com a carência de lugares destinados à cultura e o índice de reprovação nas escolas locais. Sete anos depois, montaram a Biblioteca Comunitária do Bosque. Com o salário de vigilante e o de doméstica, Sebastião e Dilma alugaram um espaço e colocaram uma coleção de livros doados. Depois de quase quatro anos, o aluguel pesou no orçamento e a biblioteca foi transferida para a garagem da casa. Hoje, as prateleiras do casal abrigam mais de 10 mil livros, a maioria de didáticos. “Para manter a biblioteca ,faço bazares com doações”, avisa Dilma. “Quando o jovem está inserido na cultura e no estudo, não se envolve com delinquência”, diz Borges.

Fonte: Correio brasiliense - Por Nahima Maciel

Um comentário:

  1. Tenho varios livros, coleções, enciclopedias, e outros para doações. Quem tiver interesse entrar em contato.
    Para buscar noi local. Moro em Taguatinga Centro - DF
    gracamariano@hotmail.com ou telefones 61 84231805.

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