Por Carolina Monteiro, Jornal do Brasil
RIO - Educadores ensinam como estimular crianças a trocarem diversões cibernéticas por livros
A leitura é um estímulo para a criatividade e um meio de conhecer lugares e culturas. Mas, em meio a computadores, televisão e brincadeiras, nem todas as crianças têm vontade de ler livros. Cabe, então, aos pais e educadores encontrar meios de incentivar seus filhos e alunos a consumirem produtos literários. Para Lucilia Soares, da Fundação Nacional do Livro Infanto e Juvenil, a solução é simples:
– Não tem muito mistério, você estimula a leitura lendo. Lendo com as crianças, para elas, e propiciando o acesso delas ao livro.
Pensando nisso, o Colégio Faria de Brito, no Recreio dos Bandeirantes (Zona Oeste), organizou uma atividade voltada para alunos e familiares: o debate "A leitura de livros em tempos de popularização da internet no Brasil" para discutir com pais e alunos maneiras para não transformar em inimigos o acesso à rede e os livros.
– O ideal é que estas crianças consigam usar a linguagem própria no computador e também serem capazes de escrever um bom texto com as normas cultas vigentes – explica Lucilia. – Da mesma forma, ele vai poder escrever um bilhete uma carta ou bilhete para um amigo em linguagem informal. Não existe rivalidade.
Além do evento, a escola está reformando suas bibliotecas, para que sejam um atrativo a mais para a leitura.
– Não adianta ter uma biblioteca cheia de livros didáticos. Por isso, fizemos uma limpeza, para aproveitar os livros bons e também deixar algumas prateleiras vazias, para estimular que sejam preenchidas – conta o professor Carlos Barros, responsável pelas políticas de leitura nas três escolas da rede.
Responsabilidade dividida
Mas, para transformar a leitura em prática cotidiana, não adianta deixar toda a responsabilidade sobre a escola. Os pais têm de dar exemplo, lendo, e colocando os filhos em contato com os livros. Luciana Nicolazzi, mãe de Juliana, 8 anos, começou cedo. Quando ainda estava grávida, ela já lia para a filha.
– Agora, para tirar um pouco o foco da televisão, na hora de colocá-la para dormir eu leio histórias – conta.
Fernanda Carvalho, mãe de Luísa, 9 anos, e Gabriel, 8, dá outra dica, além de ler para os filhos desde cedo, comprava livros de fácil leitura para que eles conseguissem ler sozinhos na fase de alfabetização. Deu certo. Luísa gosta de livros de aventuras. Gabriel já está lendo o segundo volume da série Harry Potter.
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