Primeira biblioteca do país e da América Latina, a Biblioteca Pública do Estado da Bahia vai completar 200 anos em 2011 e terá comemoração em alto estilo, a altura da importância de sua participação na história da cultura baiana. Desde já, várias medidas estão sendo adotadas com o objetivo de modernizar o atendimento e ampliar o acesso dos usuários, além de uma série de atividades, iniciadas no dia 4 de agosto, para marcar a celebração do bicentenário.
Entre as atividades já definidas está uma exposição de fotos e obras que retratam a trajetória da instituição e de pessoas que fizeram parte da história baiana e brasileira. Constam do acervo que será exposto, 600 mil volumes, dos quais, 150 mil são livros e o restante dividido entre fitas de vídeo, DVDs, CDs, almanaques, partituras e periódicos como jornais e revistas. O evento terá livros raros e centenários e, por esta razão, está sendo realizado um trabalho prévio com vistas à digitalização dos conteúdos.
O historiador Ubiratã Castro de Araújo, presidente da Fundação Pedro Calmon, a cujo órgão a biblioteca está vinculada, informou que a ideia inicial é permitir o acesso, via internet, de todos os títulos disponíveis na biblioteca.
“Estamos trabalhando para qualificá-la. Queremos que no bicentenário ela seja uma biblioteca inteiramente automatizada, ligada em rede, com boa parte do seu acervo digitalizado e capaz de ser acessado por pessoas de qualquer parte do mundo”.
Biblioteca Nacional
Aliada à programação comemorativa dos 200 anos da Biblioteca Pública da Bahia, existe, segundo Ubiratã Castro, a pretensão de alçá-la ao nível de biblioteca nacional. “Essa condição de uma biblioteca moderna autorizará nossa reivindicação para que ela seja considerada uma biblioteca nacional, a exemplo do Rio de Janeiro e de Brasília. Nada mais justo que a primeira biblioteca, na primeira capital, também possa ter a condição de biblioteca nacional”, argumenta.
Na avaliação de Ubiratã, a centenária biblioteca pública baiana dispõe das condições necessárias para pleitear o título de entidade nacional. Ele destaca entre as principais características que congregam uma biblioteca nacional: o raio de ação da instituição, onde o acervo pode ser acessado de fora da sede, a integração com bibliotecas de outros estados e países e possuir obras raras e livros antigos que dizem respeito à história do Brasil.
Universalização do atendimento
“O que também caracteriza uma biblioteca nacional não é quantidade, mas sim a qualidade do acervo”, disse o historiador, informando que para acelerar o processo de digitalização das obras e favorecer a elevação ao patamar de biblioteca nacional, alguns trabalhos já estão em andamento.
Um dos destaques desses trabalhos é o sistema Pergamum, em processo de aquisição, que será utilizado como uma forma integrada de armazenamento digital. O sistema já é adotado pelas principais bibliotecas do país e por órgãos do governo federal e para sua implantação na Bahia, parte da equipe de colaboradores está em fase de treinamento.
Outra medida que deverá ser adotada é a criação de condições de acesso a todos os usuários, independentemente da sua condição física. Para que os deficientes visuais tenham acesso à leitura, a Biblioteca Pública do Estado da Bahia possui, atualmente, 300 títulos em Braille, além de fitas e CDs, chamados de livros falados (áudio livros).
O teólogo e historiador, Antonio dos Santos Andrade, é um dos 350 usuários que são atendidos, diariamente, na biblioteca. Com certa regularidade, Andrade realiza pesquisas relacionadas ao mercado de trabalho. “Esse espaço, sem dúvida, é de fundamental importância para que nós, cegos, tenhamos acesso ao conhecimento e desenvolvamos a leitura”.
O presidente da Fundação Pedro Calmon relata que “da antiga sala de Braille, estamos evoluindo para o telecentro para cegos. É a universalização do atendimento ao cego em todos os setores da Biblioteca Pública, bem como a extensão dos serviços para surdos-mudos, que é através da linguagem em libras”.
Publicada: 20/08/2010 14:25 Atualizada: 20/08/2010 14:24
Fonte: Tribuna da Bahia Online de 20/08/2010, caderno Educação.
Entre as atividades já definidas está uma exposição de fotos e obras que retratam a trajetória da instituição e de pessoas que fizeram parte da história baiana e brasileira. Constam do acervo que será exposto, 600 mil volumes, dos quais, 150 mil são livros e o restante dividido entre fitas de vídeo, DVDs, CDs, almanaques, partituras e periódicos como jornais e revistas. O evento terá livros raros e centenários e, por esta razão, está sendo realizado um trabalho prévio com vistas à digitalização dos conteúdos.
O historiador Ubiratã Castro de Araújo, presidente da Fundação Pedro Calmon, a cujo órgão a biblioteca está vinculada, informou que a ideia inicial é permitir o acesso, via internet, de todos os títulos disponíveis na biblioteca.
“Estamos trabalhando para qualificá-la. Queremos que no bicentenário ela seja uma biblioteca inteiramente automatizada, ligada em rede, com boa parte do seu acervo digitalizado e capaz de ser acessado por pessoas de qualquer parte do mundo”.
Biblioteca Nacional
Aliada à programação comemorativa dos 200 anos da Biblioteca Pública da Bahia, existe, segundo Ubiratã Castro, a pretensão de alçá-la ao nível de biblioteca nacional. “Essa condição de uma biblioteca moderna autorizará nossa reivindicação para que ela seja considerada uma biblioteca nacional, a exemplo do Rio de Janeiro e de Brasília. Nada mais justo que a primeira biblioteca, na primeira capital, também possa ter a condição de biblioteca nacional”, argumenta.
Na avaliação de Ubiratã, a centenária biblioteca pública baiana dispõe das condições necessárias para pleitear o título de entidade nacional. Ele destaca entre as principais características que congregam uma biblioteca nacional: o raio de ação da instituição, onde o acervo pode ser acessado de fora da sede, a integração com bibliotecas de outros estados e países e possuir obras raras e livros antigos que dizem respeito à história do Brasil.
Universalização do atendimento
“O que também caracteriza uma biblioteca nacional não é quantidade, mas sim a qualidade do acervo”, disse o historiador, informando que para acelerar o processo de digitalização das obras e favorecer a elevação ao patamar de biblioteca nacional, alguns trabalhos já estão em andamento.
Um dos destaques desses trabalhos é o sistema Pergamum, em processo de aquisição, que será utilizado como uma forma integrada de armazenamento digital. O sistema já é adotado pelas principais bibliotecas do país e por órgãos do governo federal e para sua implantação na Bahia, parte da equipe de colaboradores está em fase de treinamento.
Outra medida que deverá ser adotada é a criação de condições de acesso a todos os usuários, independentemente da sua condição física. Para que os deficientes visuais tenham acesso à leitura, a Biblioteca Pública do Estado da Bahia possui, atualmente, 300 títulos em Braille, além de fitas e CDs, chamados de livros falados (áudio livros).
O teólogo e historiador, Antonio dos Santos Andrade, é um dos 350 usuários que são atendidos, diariamente, na biblioteca. Com certa regularidade, Andrade realiza pesquisas relacionadas ao mercado de trabalho. “Esse espaço, sem dúvida, é de fundamental importância para que nós, cegos, tenhamos acesso ao conhecimento e desenvolvamos a leitura”.
O presidente da Fundação Pedro Calmon relata que “da antiga sala de Braille, estamos evoluindo para o telecentro para cegos. É a universalização do atendimento ao cego em todos os setores da Biblioteca Pública, bem como a extensão dos serviços para surdos-mudos, que é através da linguagem em libras”.
Publicada: 20/08/2010 14:25 Atualizada: 20/08/2010 14:24
Fonte: Tribuna da Bahia Online de 20/08/2010, caderno Educação.
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