Não somente para evitar mas também retardar o Alzheimer, é recomendável ler mais, caçar palavras ou palavras cruzadas, jogos de raciocínio, puzzles....o que estou escrevendo pode até não fazer parte do universo do Liberdade Cultural, porém a cada nova descoberta de tratamentos publicados ou divulgados pela mídia, percebo o quanto é importante tentar levar "luz" à pessoas com familiares que passam a apresentar este déficit de memória. A princípio são pequenos esquecimentos. bobos até... neste caso começo a me preocupar até comigo mesma pois as vezes não lembro onde deixei o celular ou o caderninho e anotações....Rs...mas o assunto é seríssimo. Por várias vezes considerei o fato de utilizar com idosos os mesmos jogos lúdicos que usamos com crianças para o desenvolvimento do seu raciocínio...alguns deles podem ser aplicados ou adaptados para melhorar a lucidez a habilidade motora e claro o cérebro dos nossos amados idosos. Pelo menos foi isso que percebí ao ler o texto abaixo. Espero mesmo que esta ação já seja aplicada em locais específicos ou com famílias que tenham seus vovôs e vovós ainda em casa!
Leiam a este artigo publicado sobre uma pesquisa realizada recentemente e por favor, não deixem de ler um bom livro e jogar xadrez de vez em quando, praticarem alguma atividade física ou dançem...dançem muito para além do mais evitarem uma depressão no meio do caminho!
Bjus nos corações,
Cássia
As pessoas que mantêm o cérebro ativo durante toda a vida com atividades cognitivamente estimulantes como leitura, escrita e jogos têm menores níveis de proteína beta amiloide, vinculada com o Mal de Alzheimer, indicou um estudo publicado na edição digital da revista "Archives of Neurology".
A proteína em questão forma placas senis no cérebro dos pacientes com Alzheimer ao concentrar-se e afetar a transmissão entre as células nervosas do cérebro.
Embora estudos anteriores já tenham sugerido que realizar atividades mentais poderia contribuir para evitar o Alzheimer na idade adulta, esta nova pesquisa identifica o fator biológico, o que pode ajudar a desenvolver novas estratégias para os tratamentos.
"Mais que simplesmente proporcionar resistência ao Mal de Alzheimer, as atividades de estímulo do cérebro podem afetar um processo patológico primário da doença", indicou um dos principais envolvidos no estudo, William Jagust, professor do Instituto de Neurociência da Universidade da Califórnia.
Isto indicaria que o tratamento cognitivo "pode ter um importante efeito 'modificador' da doença se forem aplicados os benefícios do tratamento com suficiente adiantamento, antes que apareçam os sintomas", explicou.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente os adultos de idade avançada. Seu principal sintoma é a perda de memória, que tem como consequência a demência.
Os pesquisadores pediram a 65 adultos sãos, cognitivamente normais e maiores de 60 anos, que indicassem a frequência com a qual participaram de atividades mentais como ler livros e jornais e escrever cartas ou e-mails.
As perguntas foram focadas em vários pontos da vida desde os 6 anos até a atualidade.
Os participantes fizeram testes neuropsicológicos amplos para avaliar sua memória e outras funções cognitivas, além de terem se submetido a scanners cerebrais e a um exame desenvolvido no Laboratório de Berkeley a fim de visualizar as proteínas beta amiloides.
Os pesquisadores compararam os resultados dos indivíduos sãos com os de 10 pacientes diagnosticados com Alzheimer e os de 11 pessoas sãs de 20 anos, descobrindo uma associação significativa entre os níveis mais altos da atividade cognitiva durante toda a vida e níveis baixos da proteína.
"Esta é a primeira vez em que o nível de atividade cognitiva se relaciona com a acumulação de beta amiloide no cérebro", assinalou Susan Landau, pesquisadora do Instituto de Neurociência Helen Wills e do Laboratório de Berkeley (Califórnia).
"A acumulação dessas proteínas provavelmente começa muitos anos antes do aparecimento dos sintomas. O início da intervenção pode ser muito antes, e é por isso que estamos tentando identificar se os fatores de estilo de vida podem estar relacionados com as primeiras mudanças", explicou Susan.
Fonte da matéria: http://www.estadao.com.br
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