Este artigo foi publicado na Revista Escola Gestão Escolar em abril de 2009, mas por ser muito interessante trago para o nosso blog:
Ambulantes, pedintes e moradores de rua não esperam só por dinheiro dos motoristas parados no sinal vermelho. Sem pagar pra ver, eu vi.
"Dinheiro eu não tenho, mas estou aqui com uma caixa cheia de livros. Quer um?" Repeti essa oferta a pedintes, artistas circenses e vendedores ambulantes, pessoas de todas as idades que fazem dos congestionamentos da cidade de São Paulo o cenário de seu ganha-pão. A ideia surgiu de uma combinação com os colegas de NOVA ESCOLA: em vez de dinheiro, eu ofereceria um livro a quem me abordasse - e conferiria as reações.
Para começar, acomodei 45 obras variadas - do clássico Auto da Barca do Inferno, escrito por Gil Vicente, ao infantil divertidíssimo Divina Albertina, da contemporânea Christine Davenier - em uma caixa de papelão no banco do carona de meu Palio preto. Tudo pronto, hora de rodar. Em 13 oferecimentos, nenhuma recusa. E houve gente que pediu mais.
Nas ruas, tem de tudo. Diferentemente do que se pode pensar, a maioria dessas pessoas tem, sim, alguma formação escolar. Uma pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, realizada só com moradores de rua e divulgada em 2008, revelou que apenas 15% nunca estudaram. Como 74% afirmam ter sido alfabetizados, não é exagero dizer que as vias públicas são um terreno fértil para a leitura. Notei até certa familiaridade com o tema. No primeiro dia, num cruzamento do Itaim, um bairro nobre, encontrei Vitor*, 20 anos, vendedor de balas. Assim que comecei a falar, ele projetou a cabeça para dentro do veículo e examinou o acervo:
- Tem aí algum do Sidney Sheldon? Era o que eu mais curtia quando estava na cadeia. Foi lá que aprendi a ler.
Na ausência do célebre novelista americano, o critério de seleção se tornou mais simples. Vitor pegou o exemplar mais grosso da caixa e aproveitou para escolher outro - "Esse do castelo, que deve ser de mistério" - para presentear a mulher que o esperava na calçada.
Aos poucos, fui percebendo que o público mais crítico era formado por jovens, como Micaela*, 15 anos. Ela é parte do contingente de 2 mil ambulantes que batem ponto nos semáforos da cidade, de acordo com números da prefeitura de São Paulo. Num domingo, enfrentava com paçocas a 1 real uma concorrência que apinhava todos os cruzamentos da avenida Tiradentes, no centro. Fiz a pergunta de sempre. E ela respondeu:
- Hum, depende do livro. Tem algum de literatura?, provocou, antes de se decidir por Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
As crianças faziam festa (um dado vergonhoso: segundo a Prefeitura, ainda existem 1,8 mil delas nas ruas de São Paulo). Por estarem sempre acompanhadas, minha coleção diminuía a cada um desses encontros do acaso. Érico*, 9 anos, chegou com ar desconfiado pelo lado do passageiro:
- Sabe ler?, perguntei.
- Não..., disse ele, enquanto olhava a caixa. Mas, já prevendo o que poderia ganhar, reformulou a resposta:
- Sim. Sei, sim.
- Em que ano você está?
- Na 4ª B. Tio, você pode dar um para mim e outros para meus amigos?, indagou, apontando para um menino e uma menina, que já se aproximavam.
Mas o problema, como canta Paulinho da Viola, é que o sinal ia abrir. O motorista do carro da frente, indiferente à corrida desenfreada do trio, arrancou pela avenida Brasil, levando embora a mercadoria pendurada no retrovisor.
Se no momento das entregas que eu realizava se misturavam humor, drama, aventura e certo suspense, observar a reação das pessoas depois de presenteadas era como reler um livro que fica mais saboroso a cada leitura. Esquina após esquina, o enredo se repetia: enquanto eu esperava o sinal abrir, adultos e crianças, sentados no meio-fio, folheavam páginas. Pareciam se esquecer dos produtos, dos malabares, do dinheiro...
- Ganhar um livro é sempre bem-vindo. A literatura é maravilhosa, explicou, com sensibilidade, um vendedor de raquetes que dão choques em insetos.
Quase chegando ao fim da jornada literária, conheci Maria*. Carregava a pequena Vitória*, 1 ano recém-completado, e cobiçava alguns trocados num canteiro da Zona Norte da cidade. Ganhou um livro infantil e agradeceu. Avancei dois quarteirões e fiz o retorno. Então, a vi novamente. Ela lia para a menininha no colo. Espremi os olhos para tentar ver seu semblante pelo retrovisor. Acho que sorria.
* os nomes foram trocados para preservar os personagens.
Fonte internet:
http://revistaescola.abril.uol.com.br/gestao-escolar/diretor/vale-mais-trocado-432764.shtml
Um sonho a se realizar!
Na verdade, as Bibliotecas são instrumentos de Paz, pois reúnem a juventude, de forma bem eficaz.
Quem frequenta uma biblioteca, muda de opinião, aprende e se satisfaz.
As bibliotecas na verdade, promovem mudança e, com isso,
Viva pois a BIBLIOTECA, um Projeto que está modificando a nossa comunidade, porque só a educação
Por Valdek de Garanhuns - Poeta de Cordel
O projeto Biblioteca, tem essa finalidade: trabalhar para construir, uma nova sociedade, como cidadãos
conscientes, mais finos, mais eloquentes, com mais força e mais vontade.
As bibliotecas na verdade, promovem mudança e, com isso,
a juventude enaltece, dando apoio e confiança, pois a boa educação, começa com a atenção que damos as crianças.
Viva pois a BIBLIOTECA, um Projeto que está modificando a nossa comunidade, porque só a educação
pode dar ao cidadão, CONSCIÊNCIA E LIBERDADE!
Por Valdek de Garanhuns - Poeta de Cordel
quarta-feira, 24 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
Rede de Bibliotecas Escolares ganha prêmio
A Rede Municipal de Bibliotecas Escolares de Curitiba receberá o Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil (ODM), do Governo Federal, que será entregue ao prefeito Beto Richa pelo presidente Lula no dia 24 de março, em Brasília. "É mais um importante reconhecimento à prioridade que a administração municipal tem dado à educação", disse Richa.
Implantada em 2005 pela Secretaria Municipal da Educação, a Rede conta hoje com 168 bibliotecas em escolas e nos Faróis do Saber e acervo de mais de 700 mil livros.
O Prêmio ODM Brasil tem a finalidade de incentivar ações, programas e projetos que contribuem efetivamente para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pelo governo federal. No ano passado, a Prefeitura de Curitiba também ganhou o Prêmio ODM, com o programa Mãe Curitibana, da Secretaria Municipal da Saúde.
Nesta terceira edição, o Prêmio recebeu 1.477 práticas inscritas, sendo 785 de organizações da sociedade civil e 692 de governos municipais. São premiados 10 projetos em cada categoria. Os projetos foram avaliados por um comitê técnico de especialistas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O programa Vitrine Social, da Fundação de Ação Social de Curitiba, ficou entre os 45 semifinalistas do prêmio 2010.
O prêmio é coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade. A coordenação técnica é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Os projetos brasileiros vencedores em 2010 vão integrar um banco de dados da internet que reúne iniciativas de países da América Latina sobre os ODM.
Para disputar o ODM, a Rede de Bibliotecas Escolares foi avaliada de acordo com os seguintes critérios: Impacto no Público Atendido, Participação da Comunidade, Parcerias, Potencial de Replicabilidade, Complementaridade, Integração com Outras Políticas e Contribuições para Alcance dos Objetivos do Milênio.
"Com investimentos e a abertura das bibliotecas formamos crianças participativas, críticas, presentes. Nossas bibliotecas não são santuários de livros, são santuários de crianças ativas, que querem e podem ter o melhor da educação", disse a secretária municipal da Educação, Eleonora Bonato Fruet. "Este Prêmio ODM é mais uma mostra de que estamos no caminho certo e comprova a qualidade dos profissionais da Rede Municipal de Ensino."
A Rede - antes de 2005, a Rede Municipal de Ensino contava com 45 Faróis do Saber e 23 bibliotecas em escolas. Com a implantação da Rede de Bibliotecas Escolares, em 2005, o número de unidades dedicadas à leitura e pesquisa passou para 168, com previsão de chegar a 190 até 2012.
Somente em 2009 começaram a funcionar 29 novas bibliotecas na Rede. O investimento da Prefeitura no projeto inclui a formação e a permanência de agentes de leituras capacitados em todas as unidades.
São 700 mil livros disponibilizados para empréstimo, além dos livros digitais e outras formas de acesso à leitura, cultura e informação que podem ser acessados pela internet.
O acesso ao acervo de livros pode ser feito de qualquer computador conectado à internet pelo portal www.cidadedoconhecimento.org.br , da Secretaria Municipal da Educação.
Basta clicar no link Rede de Bibliotecas, que está no menu de serviços do portal.
Nesta página, o usuário consultará a lista das bibliotecas mais próximas de casa, obterá o número do telefone para fazer reserva de horário para acesso gratuito à internet ou poderá procurar no sistema informatizado um livro que queira ler, digitando palavras-chaves, título, autor ou assunto.
Implantada em 2005 pela Secretaria Municipal da Educação, a Rede conta hoje com 168 bibliotecas em escolas e nos Faróis do Saber e acervo de mais de 700 mil livros.
O Prêmio ODM Brasil tem a finalidade de incentivar ações, programas e projetos que contribuem efetivamente para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pelo governo federal. No ano passado, a Prefeitura de Curitiba também ganhou o Prêmio ODM, com o programa Mãe Curitibana, da Secretaria Municipal da Saúde.
Nesta terceira edição, o Prêmio recebeu 1.477 práticas inscritas, sendo 785 de organizações da sociedade civil e 692 de governos municipais. São premiados 10 projetos em cada categoria. Os projetos foram avaliados por um comitê técnico de especialistas nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O programa Vitrine Social, da Fundação de Ação Social de Curitiba, ficou entre os 45 semifinalistas do prêmio 2010.
O prêmio é coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade. A coordenação técnica é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Os projetos brasileiros vencedores em 2010 vão integrar um banco de dados da internet que reúne iniciativas de países da América Latina sobre os ODM.
Para disputar o ODM, a Rede de Bibliotecas Escolares foi avaliada de acordo com os seguintes critérios: Impacto no Público Atendido, Participação da Comunidade, Parcerias, Potencial de Replicabilidade, Complementaridade, Integração com Outras Políticas e Contribuições para Alcance dos Objetivos do Milênio.
"Com investimentos e a abertura das bibliotecas formamos crianças participativas, críticas, presentes. Nossas bibliotecas não são santuários de livros, são santuários de crianças ativas, que querem e podem ter o melhor da educação", disse a secretária municipal da Educação, Eleonora Bonato Fruet. "Este Prêmio ODM é mais uma mostra de que estamos no caminho certo e comprova a qualidade dos profissionais da Rede Municipal de Ensino."
A Rede - antes de 2005, a Rede Municipal de Ensino contava com 45 Faróis do Saber e 23 bibliotecas em escolas. Com a implantação da Rede de Bibliotecas Escolares, em 2005, o número de unidades dedicadas à leitura e pesquisa passou para 168, com previsão de chegar a 190 até 2012.
Somente em 2009 começaram a funcionar 29 novas bibliotecas na Rede. O investimento da Prefeitura no projeto inclui a formação e a permanência de agentes de leituras capacitados em todas as unidades.
São 700 mil livros disponibilizados para empréstimo, além dos livros digitais e outras formas de acesso à leitura, cultura e informação que podem ser acessados pela internet.
O acesso ao acervo de livros pode ser feito de qualquer computador conectado à internet pelo portal www.cidadedoconhecimento.org.br , da Secretaria Municipal da Educação.
Basta clicar no link Rede de Bibliotecas, que está no menu de serviços do portal.
Nesta página, o usuário consultará a lista das bibliotecas mais próximas de casa, obterá o número do telefone para fazer reserva de horário para acesso gratuito à internet ou poderá procurar no sistema informatizado um livro que queira ler, digitando palavras-chaves, título, autor ou assunto.
Cuidado! na sua vida pode haver um dente de elefante.
Um pesquisador, durante sua estadia na Índia, ganhou do povo de uma aldeia um dente de elefante, como prova de reconhecimento por seu valioso trabalho naquela região. Muito agradecido, ele guardou o presente e continuou a sua jornada, pois restavam-lhe ainda seis países para visitar.
Como o dente de elefante é algo valioso, pois o marfim é um material muito caro e de alto valor comercial, o pesquisador passou a ter a preocupação de guardar o dente em lugar seguro e, nos transportes de um lugar para outro, ele mesmo o carregava para evitar o risco de extravio. Cada viagem se tornara um suplício.O dente de elefante tornara sua vida muito mais pesada.
Um dia, aguardando no aeroporto a chamada de embarque, foi até o toalete, deixando o valioso pacote junto de sua bagagem. Ao voltar, constatou o desaparecimento do mesmo. Na hora ficou desesperado, porém, não tendo mais tempo de procurá-lo pois já estava sendo chamado para vôo, teve de embarcar sem o dente de elefante. Foi nesse momento que ele percebeu como sua viagem havia se tornado mais fácil e mais leve sem todo aquele peso.
Há coisas em nossa vida que são verdadeiros "dentes de elefante". Passamos a valorizá-las e a carregá-las sem perceber que se tornaram um grande fardo.
Se na sua vida existe algum "dente de elefante", procure livrar-se dele e você se sentirá muito mais leve.
Fonte: extraído do livro "Para que minha vida se transforme"!
Este texto o Dr Roberto Almeida (amigo a advogado) enviou para o Valdo (meu papis)...bela mensagem...
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