Um sonho a se realizar!

Na verdade, as Bibliotecas são instrumentos de Paz, pois reúnem a juventude, de forma bem eficaz.
Quem frequenta uma biblioteca, muda de opinião, aprende e se satisfaz.
O projeto Biblioteca, tem essa finalidade: trabalhar para construir, uma nova sociedade, como cidadãos
conscientes, mais finos, mais eloquentes, com mais força e mais vontade.

As bibliotecas na verdade, promovem mudança e, com isso,
a juventude enaltece, dando apoio e confiança, pois a boa educação, começa com a atenção que damos as crianças.

Viva pois a BIBLIOTECA, um Projeto que está modificando a nossa comunidade, porque só a educação
pode dar ao cidadão, CONSCIÊNCIA E LIBERDADE!


Por Valdek de Garanhuns - Poeta de Cordel



sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Em verso e prosa

O casamento entre jornal e literatura garantiu a publicação de grandes escritores. É o que mostra o projeto “Periódicos Libertários”
Cristina Romanelli

Depois de ir ao interior da Bahia e registrar em detalhes todos os acontecimentos da Guerra de Canudos (1896-1897), Euclides da Cunha publicou o material no jornal O Estado de S. Paulo. Em 1902, seus textos foram transformados no livro Os Sertões, e ele se tornou um dos principais exemplos de escritores que iniciaram a carreira em um periódico. Na mesma trilha podem ser encontrados muitos autores brasileiros, como Machado de Assis (1839-1908), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e José de Alencar (1829-1877). Essa relação entre jornalismo e literatura vem sendo investigada desde 2006 por pesquisadores e técnicos da Fundação Biblioteca Nacional. O projeto “Periódicos Literários: publicações efêmeras, memória permanente” ganhou este ano um site (www.bndigital.bn.br/projetos/periodicosliterarios), onde está a biografia de quase cinquenta autores e a descrição de vinte e três periódicos.

Segundo Irineu Corrêa, pesquisador da BN, os periódicos tiveram um papel muito importante no estabelecimento do mercado de romances no século XIX. A primeira versão das obras, chamada folhetim, muitas vezes era publicada em jornais. O autor ouvia a opinião dos leitores e depois lançava a versão em livro. “A imprensa influenciou o hábito da leitura. Isso sem pensar nas revistas especializadas, como Kosmos, Renascença e Nictheroy, que representavam certos grupos de literatos”, diz ele. A revista Floreal, por exemplo, lançada em 1907, foi quase toda editada e escrita pelo grupo de Lima Barreto (1881-1922). A BN possui dois dos quatro exemplares, que foram restaurados e agora estão no portal do projeto. (...)

Leia a matéria completa na edição de Dezembro, nas bancas ...


Fonte:Revista de História da Biblioteca Nacional

http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=3348

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Natal do Palácio Avenida em Curitiba

Nesta sexta-feira (17), às 20h30, começa a última semana de apresentações do Natal do HSBC 2010, que acontecem sempre neste horário até o dia 19 (domingo), em Curitiba. O espetáculo do Natal do HSBC deste ano está comemorando 20 anos com o tema “Unidos por um Feliz Natal”, que resgata e celebra a história do Coral.

Além da participação especial da atriz Isabela Garcia, o público em vários momentos é convidado a interagir e cantar com as crianças num clima de festa.


Como o Natal do HSBC deste ano destaca a união, outro tipo de vitrine digital possibilita uma maior interação do público tendo como foco este tema. O pedestre que se aproxima da vitrine pode colocar as mãos no local indicado e na tela um pinheiro digital se acende. Na vitrine há espaço para quatro mãos, assim quanto mais mãos forem usadas, mais forte fica a luz do pinheirinho.

Exposição “20 anos do Natal mais bonito do Brasil”

No Teatro HSBC acontece também uma mostra interativa composta por fotos, vídeos e documentários que fazem uma retrospectiva dos 20 anos do Natal no Palácio Avenida.

A exposição foi aberta ao público no dia 29 de novembro de 2010 e pode ser conferida até o dia 06 de janeiro de 2011, das 10h às 17h.

HSBC Educação

As 160 crianças que se apresentam no Natal do HSBC fazem parte de um grupo de 530, vindas de 11 casas lares de Curitiba e região, que são assistidas pelo Programa HSBC Educação durante o ano todo. Após dois anos de estudo e planejamento, em 2008, o Programa foi reformulado. As casas lares participaram da definição da proposta final levando em conta as suas principais demandas.

Seu principal objetivo é reduzir o tempo de permanência das crianças abrigadas nas instituições sociais. Todas as crianças têm direito a convivência familiar, por isso a proposta visa investir na capacitação dos gestores das organizações e dos técnicos (assistentes sociais, psicólogos, educadores e pais sociais), além de cuidar diretamente da criança, com apoio nas áreas de psicologia, pedagogia e saúde.

O programa possui atuação em três frentes: Crianças, Educadores (pais sociais, assistentes sociais e psicólogos) e Gestores das Casas Lares.

Sistemas de ensino vivem crise em todo o mundo, avalia especialista


Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgados esta semana, mostram que muitos países considerados referência em qualidade de educação não conseguiram melhorar o desempenho ou até mesmo pioraram – como o Reino Unido, a Holanda, França e Austrália. Para o especialista em educação e ex-representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil Jorge Werthein, os números mostram que “todos os países estão enfrentando uma crise em qualidade de educação”.

A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. Em 2009, participaram 65 países. O Brasil, apesar de ter melhorado seus resultados, ficou em 54° lugar. A média dos países-membros da organização ficou inalterada.

Na avaliação de Werthein, a falta do hábito da leitura é hoje um problema universal e tem impacto nesses resultados. “Os jovens de 15 anos não estão conseguindo ser atraídos pela leitura e a escola está lutando incessantemente contra isso”, avalia. O relatório do Pisa mostra que, em média, 41% dos alunos dos países da OCDE leem somente se for necessário. Um terço afirma que ler é um dos hobbies favoritos e quase um quarto diz que a atividade é “perda de tempo”. Em todos os países, com exceção do Cazaquistão, todos aqueles que gostam dessa atividade têm performance significativamente melhor em leitura.

O Pisa também investigou os tipos de textos que os alunos leem e aponta um crescimento da popularidade da leitura nos meios digitais como a internet. Em todos os países participantes, essa atividade está associada a melhores desempenhos em leitura, apesar de o impacto desse hábito na nota final não ser tão alto. Mas a parcela de estudantes que leem jornais e revistas por prazer caiu bruscamente, segundo o estudo.

“Isso levanta uma preocupação muito importante, as escolas precisam brigar e tentar melhorar a leitura, nenhuma sociedade pode ser democrática se não for letrada”, defende Werthein. Ele ressalta que é pequeno o número de alunos brasileiros que tiveram um bom desempenho em leitura e estão no nível 4 e 5 de proficiência, considerando uma escala de 1 a 5. Em média, os estudantes do país ficaram no nível 2, mas parte considerável ainda está no primeiro.

O coordenador de Educação da Unesco no Brasil, Paolo Fontani, avalia que quanto mais alto é o desempenho de um país, mais difícil é conseguir melhorar a nota. “É mais fácil crescer quando os patamares são mais baixos. Mas, ainda assim, países como a Polônia e Portugal tiveram uma melhora bastante forte sobretudo na camada de estudantes que tinham desempenho mais fraco. No Brasil foi o contrário: melhoraram aqueles que já estavam em níveis elevados e não houve avanço forte entre aqueles com baixa performance”, apontou.

Para Fontani, o Pisa deixa a lição de que sustentar a qualidade do ensino é uma tarefa complexa. “Qualquer sistema, se você não cuidar, ele vai cair, é como um prédio. A estrutura de um sistema educativo pode ser perfeita e de boa qualidade, mas, se não tiver manutenção ou não cuidar bastante, ele não funciona”, avalia.

Ele ressalta também que em alguns países os resultados podem ter sido afetados por fluxos migratórios, como na Inglaterra, que entre 2000 e 2009 perdeu 28 pontos na média das três disciplinas. “Os estudantes que têm uma língua materna diferente impactam o desempenho total.”

Werthein acredita que os países cujas médias caíram no Pisa devem ter uma forte reação para mudar o cenário. Foi o que ocorreu com a Alemanha, que depois de desempenhos considerados fracos subiu 23 pontos entre 2000 e 2009.

“Eles (países mais ricos) estão muito preocupados e para eles é inaceitável estar nessa posição. Nós exigimos ser sempre campeões de futebol, deveríamos ter essa mesma vontade para ser campeões internacionais em leitura, matemática e ciências”, compara Werthein.

Fonte: http://oserrano.com.br

Divulgando "Concurso Melhor Amigo!



Para homenagear as grandes e boas amizades e para estimular que todos leiam cada vez mais, O Livreiro criou o concurso Melhor Amigo que traz como prêmio o tão desejado tablet da apple.

Este concurso finalizará às 23h59m59s do dia 17 de janeiro de 2011.
Nele você concorre a 2 iPads, um pra você e outro para presentear seu melhor amigo, e ainda ajuda a escolher uma instituição para receber a doação de uma biblioteca infantil, fazendo parte da campanha doe um livro, a campanha que arrecadou mais de 180.000 livros em 2009. Ganha a instituição mais votada e assim você se tornará o melhor amigo de pessoinhas que ainda nem conhece. ;)

Curtiu?!

Siga os passos e garanta a sua participação:

1 - Cadastre-se no Livreiro / Faça login no Livreiro;

2 - Responda: "Qual a história inesquecível que você viveu com seu melhor amigo?"

3 - Convide seus amigos para participarem do concurso e ajudarem na escolha da instituição

4 - Vote na instituição para receber a biblioteca infantil

5 - Conclua sua participação e comece a torcer! :)

E para aumentar as suas chances divulgue* o concurso para seus amigos, o número de amigos que você trouxer para se cadastrar será o critério de desempate entre as melhores respostas! Afinal, amigo é para essas coisas! :)

Leia o regulamento aqui.
http://www.olivreiro.com.br/melhoramigo

Primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras e pioneira de uma estética nordestina, a cearense Rachel de Queiroz, nascida há 100 anos, te



Inédito há 82 anos, o livro de poemas Mandacaru, de Rachel de Queiroz, será finalmente lançado na quarta-feira durante a abertura das comemorações do centenário de nascimento da escritora cearense (17/11/1910-4/11/2003) pelo Instituto Moreira Salles (IMS) do Rio, que programou para a data uma série de eventos. Entre as atividades está a exposição Rachel de Queiroz Centenária, que tem curadoria do consultor literário da instituição, o poeta Eucanaã Ferraz.

A edição fac-símile dos dez poemas de Mandacaru (160 págs., R$ 36) é um marco: o livro deveria ter precedido o lançamento de sua obra mais conhecida, O Quinze (1930), com o qual mantém vínculos que não se restringem à temática do romance - a via-crúcis dos retirantes que tentam escapar da seca e da miséria. Mandacaru é uma espécie de carta de intenções de Rachel, que tentou com a poesia se aproximar dos modernistas paulistas em 1928, dois anos antes de o movimento ser declarado oficialmente morto por um de seus criadores, Mario de Andrade.

Organizadora da edição, Elvia Bezerra, do IMS, garante que só sobrou esse inédito entre os documentos do arquivo Rachel de Queiroz confiados à guarda da instituição, que totalizam 5 mil itens entre manuscritos, livros de anotações, fotos, periódicos, cartas e recortes de jornais. Um pequena parte deles estará na mostra do centro cultural carioca do Instituto, que destaca, entre outras peças, as aquarelas do romance O Galo de Ouro, publicado em forma de folhetim pela revista O Cruzeiro, entre setembro de 1950 e junho de 1951. Fazem parte ainda das comemorações a exibição do filme O Cangaceiro (quarta, às 16h), dirigido por Lima Barreto com diálogos de Rachel de Queiroz, uma conferência de Heloísa Buarque de Hollanda sobre a escritora (na mesma data, às 19h) e a leitura de sua peça A Beata Maria do Egito (dia 23, às 20h), com direção de Aderbal Freire-Filho.

Primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras, em 1977, a escritora também será homenageada pela instituição, que abre na quarta-feira a mostra Rachel de Queiroz - Atravessando o Século, em seu Centro Cultural. Lá estarão, entre outros livros, os três infantis publicados pela editora Saraiva: Andira, Cafute & Pena-de- Prata e O Menino Mágico. Duas outras obras infantis estão a caminho pela editora José Olympio, casa onde a escritora começou e terminou sua carreira.

Rachel teve a sorte de contar com uma amiga leal que guardou seus manuscritos, Alba Frota, inspiração para a personagem Maria José de As Três Marias. Chefe do Serviço de Documentação da Universidade Federal do Ceará, Alba, morta num acidente de avião em 1967, recebeu de Rachel os manuscritos de Mandacaru. A primeira notícia sobre o livro saiu no Correio do Ceará, em 1928, revelando que estava definido o lançamento, depois suspenso pela autora, que acabou publicando quatro dos dez poemas em revistas e jornais. Um dos manuscritos se perdeu e foi recuperado, o do poema Lampião, que a revista Cipó de Fogo publicou em seu único número, em 1931. Coube ao pesquisador Fábio Frohwein, do IMS, localizar o original que agora integra a edição de Mandacaru.

No prefácio, a autora se apresenta aos "Novos do Sul" como alguém que acredita no messianismo do movimento modernista paulistano e comunga do seu projeto de brasilidade, mostrando-se também disposta a tirar do Brasil a "velha e surrada casaca europeia" e fazê-lo vestir uma "roupa mais nossa, feita do algodão da terra". O título Mandacaru é justificado por ela como o signo da raça, que, isolado e de aparência inútil e agressiva, resiste à tortura da seca. Também a modernista Tarsila usou o mandacaru em sua tela mais famosa, o Abaporu, pintada no mesmo ano em que foi escrito o livro da cearense.

Como observa a coordenadora da edição, em Mandacaru já estão esboçados todos os temas de O Quinze, do êxodo nordestino à ascensão de Lampião. Talvez a escritora tivesse desistido de publicar Mandacaru em 1928 por estar insatisfeita com o gênero. "Ela devia estar tateando o estilo", diz, identificando na "prosa enxuta" de O Quinze uma desenvoltura que Rachel de Queiroz não demonstrava na poesia. "De qualquer modo, ela fala de emoções e de um cenário que conhecia bem", conclui Elvia.

Nesse cenário feudal, retratado pelos regionalistas nordestinos dos anos 1930, predominava a figura masculina do escritor e personagens de um mundo essencialmente viril de senhores de engenho e cangaceiros. Rachel foi a primeira mulher nordestina a penetrar nesse reduto de cabras-machos, elegendo já em seu primeiro livro de poemas personagens femininos fortes como dona Bárbara Pereira de Alencar (1764-1831), matriarca e heroína histórica que participou da Revolução Pernambucana de 1817 - e, nos anos 1990, guerreiras como Maria Moura. (Consta que, ao ler O Quinze, Graciliano Ramos teria desconfiado do nome impresso na capa, acreditando estar diante de um livro escrito por homem).

Segundo a editora Maria Amélia Mello, da José Olympio, Memorial de Maria Moura (1992) é até hoje um dos mais vendidos entre os 12 livros da escritora publicados pela casa, ao lado de O Quinze, sempre nas compras governamentais destinadas às escolas. Rachel esteve ligada à editora desde os anos 1930, tendo traduzido livros de Dostoievski e Balzac. "Ela passou 50 anos sem nenhum contrato assinado, fazendo da José Olympio seu endereço de correspondência quando morava na ilha do Governador", conta Maria Amélia, que acaba de lançar Não Me Deixes, livro com receitas e fotos da fazenda de mesmo nome pertencente à escritora.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/

Inaugurado pelo governo do Paraná, biblioteca e portal de informações ambientais


O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, e o presidente do Instituto das Águas do Paraná, inauguraram nesta quinta-feira (11) a biblioteca da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e lançaram o novo portal de informações ambientais do Governo do Estado e o novo site do Instituto das Águas do Paraná.

A biblioteca tem mais de 12 mil obras específicas sobre a área ambiental, livros, monografias, periódicos, fitas de vídeo, CDs, Estudos de Impacto Ambiental (EIAS), e Relatórios de Impacto Ambiental (EIARIMAS). O espaço conta com sala de estudo e internet e será aberto à população de segunda à sexta-feira.

O arquivo da biblioteca reúne todo o acervo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da antiga Superintendência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Surehma) e do extinto Instituto de Terras, Cartografia e Florestas (ITCF). O acervo conta com livros de variados temas relacionados à área ambiental, como aterros sanitários, aterros industriais, usinashidrelétricas, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), rodovias, estações de areia, linhas de transmissão, aproveitamento hidrelétrico, coprocessamento de resíduos, resíduos de serviços de saúde, usinas termelétricas, redes de gás natural, resíduos sólidos, cemitérios, barragens, lavras de ouro, entre outros.

Portal - Além da biblioteca, o secretário lançou o novo Portal de Meio Ambiente apresentado pela Secretaria e Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, com o objetivo de ser um site de referência em informação ambiental.

O sistema de informações ambientais foi totalmente reformulado, os conteúdos atualizados e a apresentação ganhou um formato mais moderno, facilitando o acesso do público.

No endereço www.sema.pr.gov.br o internauta encontrará todas as informações públicas relacionadas a recursos hídricos, resíduos sólidos, recursos atmosféricos, licenciamento, biodiversidade e florestas, Agenda 21, educação ambiental, entre outros temas importantes. Além disso, o portal da Sema dá acesso direto às páginas na internet das autarquias Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto das Águas e Instituto de Terras Cartografia e Geociências (ITCG).

Outra novidade está na maior interatividade do cidadão com os órgãos ambientais, por meio do “Fale Conosco”, twitter e ouvidoria.

Instituto das Águas - O novo site http://www.aguasparana.pr.gov.br/ é um marco da passagem da extinta Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento (Suderhsa) para o Instituto das Águas do Paraná. Com uma nova proposta visual e de navegação a página virtual vai representar as mudanças propostas pela nova autarquia da Sema e suas funções.

Estão à disposição no site para download o Plano Estadual de Recursos Hídricos e a Política de Recursos Hídricos do Paraná, assim como informações sobre os agentes do sistema composto pelas gerências regionais e pelos Comitês de Bacias Hidrográficas. Está previsto para o ano que vem o acesso a novos serviços, como o cadastro on-line da outorga e uma aplicação para o acesso a dados de hidrologia.
Fonte Internet

No meio do caminho...

Texto por Raquel Cozer
O Estado de S.Paulo


Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) costumava dizer que, se cometesse um crime, bastava sumir e reaparecer apenas dez anos depois, e então o crime estaria prescrito, mas que, em relação ao poema No Meio do Caminho, escrito em fins de 1924, podiam se passar 50 anos e ele nunca deixaria de ser julgado.

Tal noção o levou, ao longo de toda a vida, a recortar e guardar cada crítica, comentário e charge feitos sobre os versos "No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho...", publicados na Revista de Antropofagia, em 1928, e dois anos depois incluídos em seu livro de estreia, Alguma Poesia. O resultado desse esforço de compilação o poeta mineiro trouxe a público em 1967, ao lançar Uma Pedra no Meio do Caminho - Biografia de Um Poema. Era uma resposta irônica às vésperas dos 40 anos daquela primeira publicação - com isso, o escritor devolvia aos leitores a leitura que eles haviam feito de seu trabalho.

O livro que o Instituto Moreira Salles lança hoje, no Rio, em homenagem aos 80 anos de Alguma Poesia, é uma edição ampliada da Biografia de Um Poema. O trabalho ficou a cargo do poeta Eucanaã Ferraz, que contou com a ajuda de Drummond para a nova edição - mesmo depois de publicar a biografia, o poeta continuou, talvez por costume, a arquivar a fortuna crítica relativa a No Meio do Caminho - e incluiu, ao final, uma "biografia da biografia", com as resenhas sobre o título de 1967.

"Drummond guardou muita coisa que saiu sobre ele ao longo da vida, mas em pastas, por assunto ou pelo sobrenome do crítico", diz Ferraz, destacando a consciência do poeta, que trabalhou por muitos anos no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), sobre a importância da preservação da memória. "A diferença no que diz respeito a No Meio do Caminho é que ele arquivou tudo não sobre o livro que o continha, mas sobre aquele poema." Ferraz destaca ainda que, embora não tenha escrito uma única linha da biografia - o prefácio original ficou a cargo do português Arnaldo Saraiva -, Drummond fez sua própria leitura sobre as críticas ao separá-las em capítulos com títulos como Muita Gente Irritada, Das Incompreensões e Popularidade, Mesmo Negativa.

Crítica. O poema No Meio do Caminho não repercutiu ao sair na revista nem no livro de 1930. Neste segundo momento, lembra Ferraz, os versos foram eclipsados pelo Poema de Sete Faces, considerado à época sem pé nem cabeça. Foi em 1934, quando Drummond assumiu no Rio o cargo de chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação e Saúde Pública - posição-chave no ensino do País -, que os primeiros críticos usaram o poema da pedra contra o autor.

Considerados pobres e repetitivos ("O sr. Carlos Drummond é difícil. Por mais que esprema o cérebro, não sai nada. Vê uma pedra no meio do caminho e fica repetindo a coisa feito papagaio", escreve Gondin da Fonseca em 1938), rejeitados pelo "brasileirismo grosseiro, erro crasso de português" (conforme crítica da Folha da Manhã, em 1942, pelo uso do popular "tinha" no lugar do correto "havia"), os versos facilitaram a vida dos críticos do modernismo. Depois, passaram a receber exaltados elogios. A discussão incomodava o poeta, mas ele logo percebeu que graças a ela tinha um livro "sobre como uma obra de arte sai de seu universo e ganha dimensão social e cultural", como descreve Ferraz, entusiasta do poema. "Não adiantou Drummond dizer que isso não era digno de tanta atenção, tanto que 80 anos depois estamos falando sobre o tema. O poema desmentiu Drummond."

O POEMA

"No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

(No Meio do Caminho, poema de Carlos Drummond de Andrade publicado em 1928 na Revista de Antropofagia e incluído na antologia Alguma Poesia, de 1930)

A "inspiração" não vem para todos

A noção comum que se tem a respeito do escritor é que pessoas excepcionais, nascidas com o dom de escrever bem o belo, são periodicamente visitadas por uma espécie de iluminação das musas, ou do Espírito Santo, ou de um outro espírito propriamente dito – fenômeno a que se dá o nome de "inspiração". O escritor fica sendo assim uma espécie de agente ou médium, que apenas capta as inspirações sobre ele descidas, manipulando-as no papel graças ‘aquela' dom de nascimento que é a sua marca.

Pode ser que existam esses privilegiados – mas os que conheço são diferentes. Não há nada de súbito, nem de claro, nem de fácil. O processo todo é penoso e dolorido – e se pode comparar a alguma coisa, digamos que se parece muito com um processo fisiológico –, que se assemelha terrivelmente a uma gestação, cujo parto se arrastasse por muitos meses e até anos. Começa você sentindo vagamente que tem umas coisas para dizer ou uma história para contar. Ou, às vezes, ambas. Fica aquilo lá dentro, meio incômodo, meio inchado (na minha terra se diria como "uma dor incausada"), quando um belo dia a coisa dá para se mexer. Surgem frases já inteiras, surgem indefinições que, se você for ladino bastante, anota para depois aproveitar; mas se for o contumaz preguiçoso confia-as à memória e depois as esquece. Dentro da enxurrada de frases e de idéias aparecem, então, as pessoas. Surgem como desencarnados numa sessão espírita – timidamente, imprecisamente. São uma cabeça, um silhueta, uma voz. Neste ponto, com as frases, pensamentos e criaturas (e mormente com o cenário, embora ainda não se haja falado nele), nessa altura, a história já se está arrumando. Você sabe mais ou menos o que contar. Os autores meticulosos, nessa fase dos acontecimentos, já delinearem o que eles costumam chamar de "o plano de obras", ou seja, um esqueleto do enredo. Se é um romance, o esquema será mais amplo – os claros serão facilmente preenchíveis. A história corre a bem dizer por si. Mas se se trata de teatro, o esquema bem linear é imperioso: aquilo tem de ser como um pingue-pongue, ter um crescente constante, uma economia, uma nitidez...

E então chega um dos piores momentos nessa fase embrionária da obra por escrever. O autor enguiça. Falta-lhe imaginação para desenrolar o resto da história, falta a centelha necessária para criar a situação única, indispensável, climática, que será como a tônica do trabalho. E a gente fica numa irritabilidade característica, e numa pena enorme de Deus Nosso Senhor, que é obrigado a dirigir as histórias não apenas de um punhado de personagens mas os milhões de viventes que andam pelo mundo – e se concebe um respeito trêmulo pela divina capacidade de intenção, que tão pouco se repete e tão invariavelmente cria...

Talvez com autores de imaginação rica o fenômeno se passe diferente. É provável que eles, ao contrário de nós, os terra-a-terra, primeiro imaginem um enredo e depois, segundo as necessidades desse enredo, vão criando os personagens e os situando no tempo e no espaço. Aí a sensação criadora deve ser de plenitude e gratificação. Mas esses são os estrelos. A arraia miúda escrevente – ai de nós – é mesmo assim como eu disse: pena, padece e só então escreve.

Rachel de Queiroz

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Voluntários em Festa


5 de dezembro de 2010 é especialmente importante para o voluntariado mundial por dois motivos: além de ser Dia Internacional do Voluntário, marca o início das comemorações pelo décimo aniversário do Ano Internacional do Voluntário, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2001. Muitas instituições e voluntários de diversos países estão se mobilizando para promover eventos que energizem o espírito do voluntariado. Leia a matéria, aprenda mais sobre esta data e inspire-se. É hora de festejar!

Dia Internacional do Voluntário 2010
A edição de 2010 do Dia Internacional do Voluntário tem como foco os 8 Objetivos do Milênio, para que pessoas ao redor do mundo percebam a diferença que podem fazer no alcance destas metas. Criado em 17 de dezembro de 1985 pela Assembléia Geral das Nações Unidas, o DIV busca incentivar a participação voluntária globalmente e estimular que todos os setores da sociedade reconheçam a importância do voluntariado.

•Saiba mais sobre o Dia Internacional do Voluntário.
•Veja algumas ideias de como comemorar o DIV.
Décimo aniversário do Ano Internacional do Voluntário (AIV+10)
Em seu aniversário, comemorado em 2011, o Ano Internacional do Voluntário reforça os mesmos pilares estabelecidos há dez anos: articulação em rede, reconhecimento, facilitação e promoção do voluntariado em toda a sua diversidade. Com a celebração do décimo Ano Internacional do Voluntário (AIV+10), as Nações Unidas pretendem trazer diversos exemplos de voluntários, de diferentes classes sociais, faixas etárias, nacionalidades e experiências. Assim, a organização busca ressaltar que qualquer um pode ser voluntário e pode encontrar meios de colaborar.

“Um dos principais objetivos é mostrar que o voluntariado contribui com a paz e o desenvolvimento. O AIV+10 estimula as pessoas a serem cidadãs ativas em seus países, tomando responsabilidade pelo ambiente ao seu redor e por sua comunidade. O voluntariado tem um efeito positivo não somente nas comunidades, como na vida dos próprios voluntários, em suas capacidades e seu modo de ver a vida”, diz Simona Costanzo Sow, gerente de projetos do AIV+10, em entrevista para a instituição Innovations in Civic Participation (ICP).

Comemore!

•No Facebook, a comunidade Compartilhe sua História (Share the Story) está convidando pessoas de todo o mundo a discutir como alcançar os Objetivos do Milênio. No dia 4 de dezembro, a página exibirá, por 24h, um festival de filmes feitos por voluntários que trabalham com as Nações Unidas, a Cruz Vermelha e outras organizações.
•Acesse, no site do Programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV), eventos comemorativos que acontecerão em todo o mundo.
O DIV no Itaú Unibanco
E se é a chegada a hora de celebrar as contribuições de cada voluntário ao redor do mundo, não seria diferente no Itaú Unibanco. Comemorar esta data e dar visibilidade a nossas ações é uma forma de encorajar mais pessoas a se engajar e de lembrá-las que elas podem fazer toda a diferença.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Cega e burra


Este material foi escrito e publicado no blog do Marcelo Rubens Paiva
http://blogs.estadao.com.br/marcelo-rubens-paiva/cega-e-burra
O Tribunal de Justiça – SP divulgou ontem liminar que proíbe a distribuição do livro OS CEM MELHORES CONTOS BRASILEIROS DO SÉCULO a alunos de escolas públicas do Estado.
Pois o livro possui conteúdo sexual com “descrições de atos obscenos, erotismo e referências a incestos”, e, por isso, seria inapropriado para estudantes do ensino fundamental e médio.
O conto OBSCENIDADES PARA UMA DONA DE CASA, do meu colega de coluna, IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO, pode ter sido o causador da obscura proibição.
Mas é 1 juiz quem deve indicar o que pode ou não ser lido nas escolas?
Ele entende de LITERATURA?
Seguiu um gosto pessoal, a intuição?
Vai proibir ou sugerir riscarem as palavras e trechos obscenos?
Por que não arrancarem as páginas “inapropriadas” a garotos e garotas que não veem nada disso na TV e internet?
Não vão recolher as obras já distribuídas. Mas as escolas que ainda têm exemplares não entregues devem devolver à secretaria. E está proibida uma nova distribuição do livro. Caso a decisão não seja cumprida, a multa será de R$ 200 para cada exemplar distribuído.
A Secretaria de Educação do Estado de SP disse que ainda não foi notificada da decisão e comentou que, ao contrário do que diz a liminar, a obra foi entregue apenas para alunos do Ensino Médio.
Seleção do professor Italo Moriconi lançada pela Editora Objetiva com 100 melhores textos do gênero ao longo do século, OS CEM MELHORES CONTOS BRASILEIROS DO SÉCULO deixou de lado critérios acadêmicos e pautou pela qualidade de obras-primas produzidas no Brasil entre 1900 e o fim dos anos 90.
Uma antologia dividida em 6 momentos, segundo o professor Douglas Wisniewski:

“De 1900 aos anos 30 / Memórias de ferro, desejos de tarlatana”
O autor situa corretamente os contos deste momento com o Pré-modernismo, deixando claro que os contistas deste período experimentam os mais variados estilos, não havendo exatamente um padrão. Temos um Machado de Assis ainda a questionar certas atitudes da sociedade da época, João do Rio falando sobre o carnaval e aventuras extravagantes, Lima Barreto fazendo as pessoas desenterrarem os ossos de seus falecidos parentes para fazerem ouro e, assim, criticando a ganância e estupidez da sociedade brasileira e outros.

“Anos 40/50: Modernos, maduros, líricos”
Representando um momento em que o Modernismo já se havia estabelecido na cultura brasileira, mas em que a poesia e o romance tinham maior espaço no mundo literário. Não obstante isso, teremos maravilhosos contos dessas décadas a nos mostrar as dificuldades das relações afetivas entre os brasileiros. Temos “O Peru de Natal”, de Mário de Andrade, mostrando a onipresença de um falecido e sovina pai no seio de uma família que se reúne para cear, José J. Veiga coloca dois irmãos que nem se conheciam frente a frente, tentando quebrar o gelo da distância que os separava apesar de terem o mesmo sangue, o maravilhoso Drummond vendo o mundo com os olhos de uma garotinha de 3 anos e outros.

“Anos 60: Conflitos e desenredos”
A década de todas as revoluções também é retratada por Moriconi como um momento em que escritores consagrados como Clarice Lispector e Orígenes Lessa explorarão mais os campos da psicologia humana em contos marcados pelo fluxo da consciência do narrador e finais surpreendentes.

“Anos 70: Violência e paixão”
O país vive um contexto de violência política e social até então inédito e o conto afirma-se como instrumento adequado para a expressão artística do ritmo nervoso e convulsivo desta década passional. Rubem Fonseca destila o famoso “Passeio noturno” narrando a “tara” do personagem que tinha como hobby atropelar pessoas, enquanto Luiz Vilela põe um barbeiro experiente e um jovem assustado para fazerem a barba de um cadáver e filosofar sobre a morte.

“Anos 80: Roteiros do corpo”
A sexualidade é exacerbada no início desta década, como consequência das revoluções culturais ocorridas nas décadas anteriores e o conto terá como cenário as grandes metrópoles. A mídia ditará as regras e começará a explorar o erotismo. O homossexualismo ganhará vulto na literatura oficial. Mas tanta concentração nas energias sexuais poderão terminar com uma sensação de vazio, que parecerá anunciar um fim de século melancólico, marcado pelo afastamento das pessoas através do uso da camisinha (isolante sexual) e o medo da AIDS. Sérgio Faraco, Caio Fernando Abreu, Ignácio de Loyola Brandão e João Ubaldo Ribeiro são alguns dos representantes desta fase.

“Anos 90: Estranhos e intrusos”
Momento de nova agitação cultural e diversidade de temas e tipos será marcado pelo final do século XX. “Década de estranhos e intrusos” como afirma o Dr. Moriconi, época que celebra a diferença, combinando o humano ao animal e ao tecnológica. Um novo período de transição, como aquele marcado pelo Pré-modernismo no início do séc. XX se anuncia para o início do séc. XXI, confirmando a máxima de que “a História se repete”. O destaque é dos contistas Moacyr Scliar, Silviano Santiago e Luís Fernando Veríssimo.

Coleção Brasiliana - Editora Companhia Nacional, agora em meio eletrônico


Pouco depois da Revolução de 1930, que levou ao poder o presidente Getúlio Vargas e deu fim ao revezamento político entre as oligarquias rurais da República Velha, a intelectualidade brasileira passou a contar com um valioso acervo para compreender melhor o país: a Coleção Brasiliana. A vasta coleção de 415 obras foi publicada entre 1931 e 1993 pela Editora Companhia Nacional, dentro de uma série mais ampla, intitulada Biblioteca Pedagógica Brasileira. Ela reunia autores de diversas formações, que se debruçaram sobre a formação brasileira - entre eles, Rui Barbosa, Visconde de Taunay e João Pandiá Calógeras. Agora, os clássicos que foram referência para várias gerações estão de volta, mas dessa vez no mundo virtual.

Aos poucos, eles estão ganhando versões digitalizadas - e o melhor - de acesso gratuito aos internautas, graças a uma iniciativa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com o objetivo de facilitar o acesso de estudantes e pesquisadores a esse rico material, o portal Brasiliana Eletrônica ( http://www.brasiliana.com.br/ ) já disponibiliza, até o momento, 85 obras digitalizadas. "Digitalizar esses livros de difícil acesso é fundamental para resgatar esses autores e colocá-los à disposição do público e da comunidade acadêmica, já que a versão impressa só está disponível em algumas bibliotecas públicas", ressalta o editor chefe do portal, o historiador Israel Beloch.

No portal, todas as obras são apresentadas em duas versões: o fac-símile das edições originais no formato e-paper - que oferece ao leitor o prazer de visualizar página por página do texto, com a grafia da época preservada - e o texto correspondente aos originais, mas atualizado de acordo com os padrões estabelecidos pela nova reforma ortográfica. Este oferece como vantagem, em relação aos antigos impressos, a facilidade dos recursos computacionais de edição.
Matéria publicada no fórum Grupo Bibliotecários / BOLETIM FAPERJ
Débora Motta

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Vamos comemorar...


Hoje é um dia mega feliz para todos nós... pois um grande homem completa mais um ano de vida...


Meu papis mais conhecido como "Valdo", comemora hoje 72 aninhos!
Um ser humano encantado pela vida, crianças e livros ... o fundador da primeira e única Biblioteca Comunitária da cidade de Serra Negra/SP.

Sempre preocupado com a educação de crianças e jovens vem dedicando sua vida à divulgação da leitura, contribuindo desta forma com a evolução intelectual, construção da moral e de valores destes que serão um dia os grandes homens e mulheres que farão toda a diferença dentro da nossa sociedade e no crescimento deste nosso lindo país.


Parabéns papito pelo seu aniversário, pelo seu desprendimento material e por sua grande contribuição à vida de várias pessoas.
Que Deus continue te iluminando e te favorecendo com saúde para sua linda missão!

Com muito amor no coração te abraçamos não só neste, mas em todos os dias da sua jornada infinita...

Cássia e toda sua família.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Autores da literatura infantil e ABL manifestam repúdio a veto do CNE a livro de Monteiro Lobato

Rio de Janeiro - Seis escritores brasileiros dedicados à literatura infantojuvenil manifestaram hoje (5), em nota, seu desagrado e desacordo ao veto do Conselho Nacional de Educação (CNE) ao livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato. A nota é assinada pelos escritores Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Ziraldo, Lygia Bojunga, Pedro Bandeira e Bartolomeu Campos de Queirós.
Sob o título Lobato, Leitura e Censura, os autores lembram que as criações de Monteiro Lobato “têm formado, ao longo dos anos, gerações e gerações dos melhores escritores deste país que, a partir da leitura de suas obras, viram despertar sua vocação e sentiram-se destinados, cada um a seu modo, a repetir seu destino”.

Afirmam ainda que “a maravilhosa obra de Monteiro Lobato faz parte do patrimônio cultural de todos nós – crianças, adultos, alunos, professores – brasileiros de todos os credos e raças. Nenhum de nós, nem os mais vividos, têm conhecimento de que os livros de Lobato nos tenham tornado pessoas desagregadas, intolerantes ou racistas. Pelo contrário: com ele aprendemos a amar imensamente este país e a alimentar esperança em seu futuro”.

Também a Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual é membro uma das signatárias da nota, a escritora Ana Maria Machado, se posicionou contrária à tentativa de censura ao livro Caçadas de Pedrinho. Em reunião plenária na tarde de ontem (4), os acadêmicos manifestaram repúdio “contra qualquer forma de veto ou censura à criação artística” e apoiaram o ministro da Educação, Fernando Haddad, que foi contrário à determinação do CNE.

De acordo com a decisão dos acadêmicos, em nota divulgada hoje pela assessoria de imprensa da ABL, “cabe aos professores orientar os alunos no desenvolvimento de uma leitura crítica. Um bom leitor sabe que Tia Anastácia encarna a divindade criadora dentro do Sítio do Pica-pau Amarelo. Se há quem se refira a ela como ex-escrava e negra, é porque essa era a cor dela e essa era a realidade dos afrodescendentes no Brasil dessa época. Não é um insulto, é a triste constatação de uma vergonhosa realidade histórica”.

Na nota, a ABL sugere que, em vez de proibirem as crianças de conhecer a obra, os responsáveis pela educação fariam melhor se estimulassem os alunos a uma leitura mais aprofundada. Para os acadêmicos, é necessário aos professores e formuladores de política educacional ler a obra infantil de Lobato e se familiarizar com ela. “Então saberiam que esses livros são motivo de orgulho para uma cultura, e que muitos poucos personagens de livros infantis pelo mundo afora são dotados da irreverência de Emília e de sua independência de pensamento”.

A nota conclui com a afirmação de que “a obra de Monteiro Lobato, em sua integridade, faz parte do patrimônio cultural brasileiro” e com um apelo ao ministro da Educação no sentido de “que se respeite o direito de todo o cidadão a esse legado e que vete a entrada em vigor dessa recomendação”.

Por: Paulo Virgílio.
Repórter da Agência Brasil

Prêmio Jabuti de 2010 - matéria completa sobre a premiação

Os ganhadores em cada uma das 21 categorias do 52º Prêmio Jabuti, anunciado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) são:

Edney Silvestre - o melhor no Romance

O Chico em sua 3ª premiação

Na categoria Romance, o grande vencedor foi "Se eu fechar os olhos agora" (Record), do jornalista Edney Silvestre. Em segundo lugar ficou "Leite derramado", do compositor Chico Buarque, seguido por "Os espiões" (Objetiva), de Luis Fernando Verissimo.

Na categoria Contos e Crônicas, quem levou a melhor foi o livro “Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras histórias de amor)” (7 Letras), de José Rezende Jr. "A máquina de revelar destinos não cumpridos" (Editora Dimensão), de Vário do Andaraí, aparece em segundo lugar e "Pauliceia dilacerada" (Funpec-Editora), de Mário Chamine, em terceiro — "Crônicas inéditas", de Manuel Bandeira, vai concorrer na categoria póstuma.

Venceu na categoria Poesia "Passageira em trânsito" (Record), de Marina Colasanti, seguido por "Sangradas escrituras" (Star Print), de Reynaldo Jardim Silveira, e "Lar" (Cia das Letras), de Armando Freitas Filho.

"Nem vem que não tem: vida e veneno de Wilson Simonal" (Globo), de Ricardo Alexandre, foi eleita a melhor Biografia. Empataram em segundo "Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão" (Cia das Letras), de Lira Neto, e "Euclides da Cunha: uma odisséia nos trópicos" (Ateliê), de Frederic Amory. "Bendito, maldito: uma biografia de Plínio Marcos" (Leya), de Oswaldo Mendes, ficou em terceiro.

Já a categoria Juvenil teve os seguintes vencedores: "Avó dezanove e o segredo soviético" (Cia das Letras), de Odjaki, em primeiro; "Marginal: à esquerda" (RHJ), de Angela Lago, em segundo; e "Sofia e outros contos" (Saraiva), de Luiz Vilela.

Obra premiada


Ficção e não-ficção
A cerimônia de premiação aconteceu no dia 4 de novembro, na Sala São Paulo, quando foi anunciado o melhor livro do ano de ficção e o melhor livro do ano de não-ficção. O prêmio máximo, eleito por um júri formado por editores, recebeu R$ 30 mil, mais uma estatueta dourada do prêmio Jabuti.

A novidade desta edição foi o Voto Popular Ficção e Não-Ficção, decidido por votação aberta, entre os dias 5 e 31 de outubro, no site www.premiojabuti.org.br. Concorreram no segmento Ficção os três vencedores das seguintes categorias:

Romance; Contos e Crônicas; Poesia; Infantil; e Juvenil.

No Voto Popular Não-Ficção os três vencedores das categorias:Teoria / Crítica Literária; Reportagem; Ciências Exatas, Tecnologia e Informática; Economia, Administração e Negócios; Direito; Biografia; Ciências Naturais e da Saúde; Ciências Humanas; Didático e Paradidático; Educação, Psicologia e Psicanálise; e Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes.

Os premiados eleitos pelo júri popular receberam uma placa em homenagem à conquista.

Abaixo a lista completa dos vencedores do 52º Prêmio Jabuti:

ROMANCE
1º - "Se eu fechar os olhos" (Record), de Edney Silvestre
2º - "Leite derramado" (Cia das Letras), de Chico Buarque
3º - "Os espiões" (Objetiva), de Luis Fernando Veríssimo

CONTOS E CRÔNICAS
1º - "Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras histórias de amor)" (7Letrsa), de José Rezende Jr
2º - "A máquina de revelar destinos não cumpridos" (Dimensão), de Vário do Andaraí
3º - "Paulicéia dilacerada" (Funpec), de Mário Chamie
* "Crônicas inéditas" (Cosac Naify), de Manuel Bandeira, vai concorrer na categoria póstuma

POESIA
1º - "Passageira em trânsito" (Record), de Marina Colasanti
2º - "Sangradas escrituras" (Star Print), de Reynaldo Jardim Silveira
3º - "Lar" (Cia das Letras), de Armando Freitas Filho

BIOGRAFIA
1º - "Nem vem que não tem: vida e veneno de Wilson Simonal" (Globo), de Ricardo Alexandre
2º - "Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão" (Cia das Letras), de Lira Neto
"Euclides da Cunha: uma odisséia nos trópicos" (Ateliê), de Frederic Amory
3º - "Bendito, maldito: uma biografia de Plínio Marcos" (Leya), de Oswaldo Mendes

REPORTAGEM
1º - "O leitor apaixonado, prazeres a luz do abajur" (Cia das Letras), deRuy Castro
2º - "Olho por olho: livros secretos da ditadura" (Record), de Lucas Figueiredo
3º - "Conversas de cafetinas" (Arquipélago), de Sérgio Maggio

INFANTIL
1º - "Os herdeiros do lobo" (Comboio de corda), de Nilson Cruz
2º - "Carvoeirinhos" (Cia das Letrsa), de Roger Mello
3 º - "A visita dos dez monstrinhos" (Cia das Letras), Angela Lago

JUVENIL
1º - "Avó dezanove e o segredo soviético" (Cia das Letras), de Odjaki
2º - "Marginal: à esquerda" (RHJ), de Angela Lago
3º - "Sofia e outros contos" (Saraiva), de Luiz Vilela

CAPA
1º - "O resto é ruído: escutando o século XX" (Cia das Letras)
2º - "Salas e abismos" (Cosac Naify)
3º - "Os espiões" (Objetiva)

TEORIA E CRÍTICA E LITERÁRIA
1º - "A clave do poético" (Cia das Letras), Benedito Nunes
2º - "O controle do imaginário e a afirmação do romance" (Cia das Letras), Luiz Costa Lima
3º - "Cinzas do espólio" (Record), Ivan Junqueira

TRADUÇÃO
1º - "O leão e o chacal mergulhador" (Globo), tradução de Mamedi Mustafa Jarouche
2º - "Canção do venrável" (Globo), de Carlos Alberto Fonseca
3º - "Trabalhar cansa" (Cosac Naify), de Maruricio Dias

ARQUITETURA E URBANISMO, FOTOGRAFIA, COMUNICAÇÃO E ARTES
1º - "Athos Bulcão" (Fundação Athos Bulcão), de Paulo Humberto Ludovico de Almeida
2º - Coleção "Brasiliana Itaú" (Capivara), de Pedro Corrêa do Lago
3º - "Ética, jornalismo e nova mídia: uma moral provisória" (Jorge Zahar), de Caio Tulio Costa

PROJETO GRÁFICO
1º - "Igreja e convento de São Francisco da Bahia" (Versão)
2º - Edição de colecionador de "Alice no país das maravilhas" (Cosac Naify)
3º - "Rico Lins, uma gráfica de fonteira" (Rico Lins)

ILUSTRAÇÃO DE LIVRO INFANTIL OU JUVENIL
1º - "Já já: a história de uma árvore apressada" (Ática), Paulo Rea.
2º - "O lobo" (Manati), de Nair Elisabeth da Silva Teixeira
"Marginal : à esquerda" (RHJ), de Angela Lago
3º - "O tamanho da gente" (Autentica), de Manoel Vega
"O passarinho que não queria só cantar" (Salamandra), de Luiz Maia

CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLOGIA E INFORMÁTICA
1º - "Obra científica de Mario Schonberg" (USP)
2º - "Linguagens formais, teoria, modelagem e implementação" (Bookman), de Ramos, José Neto e Santiago Vega
3º - "Química verde" (Edufscar), de Xuin e Correa.

EDUCAÇÃO, PSICOLOGIA E PSICANÁLISE
1º - "O tempo e o cão" (Boitempo), de Maria Rita Kehl
2º - "Caderno sobre o mal" (Civilização Brasileira), de Joel Birman
3º - "Brasil arcaico, escola nova: ciência, técnica e utopia nos anos" (Unesp), de Carlos Monarcha

DIDÁTICO E PARADIDÁTICO
1º - "Uma história da cultura afrobrasileira" (Moderna), Fraga e Albuquerque
2º - "Coleção gira mundo" (IBPEX)
3º -"Almanaque de sentidos" (Moderna), Carla Caruso.

ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS
1º - "Trabalho flexível empregos precários?" (USP), de Guimarães, Hirata e Sugita
2º - "Os anos de chumbo: economia e política internacional no entreguerras" (Unesp e Unicamp), de Frederico Mazzucchelli
3º - "Biocombustíveis, energia da controvérsia" (Senac), de Ricardo Abramovay

DIREITO
1º - "A constituição na vida dos povos" (Saraiva), de Dalmo Dallari
2º - "Direito das companhias" (Forense), de Lamy Filho e Bulhões Pedreira
3º - "Curso de direito tributário: constituição e código tributário nacional" (Saraiva), Regina Helena Costa

CIÊNCIAS HUMANAS
1º - "Viver em risco" (34), de Lucio Kowarick
2º - "A luta pela anistia" (Imprensa Oficial), de Haike Kleber da Silva (org)
3º - "Um enigma chamado Brasil" (Cia das Letras), de André Botelho e Lilia Schwarcz

CIÊNCIAS NATURAIS E DA SAÚDE
1º - "Clínica médica" (Manole), de Milton Martins, Flair Carrilho e outros
2º - "Manual de diagnóstico e tratamento para residentes de cirurgia" (Atheneu), de Speranzini, Deutsch e Yagi
3º - "Medicina laboratorial para o clínico" (Coopmed), de Erichsen, Viana, Faria e Santos

TRADUÇÃO DE OBRA LITERÁRIA DO ESPANHOL PARA O PORTUGUÊS
1º - "Purgatório" (Cia das Letras), tradução de Bernardo Ajzenberg
2º - "Três tristes tigres" (José Olympio), tradução de Luis Carlos Cabral
3º - "Cem anos de solidão" (Record), tradução de Eric Nepomuceno

Fontes: G1 e UOL

Postado por Cássia

Supervisionado por Valdo

Tudo o que Fernando Pessoa leu chega à web

Livros acompanharam o poeta desde a adolescência, na época em que ele ainda morava na África do Sul

Conhecer o que lia Fernando Pessoa, as anotações que fazia nos seus livros, como ideias para poemas surgiam durante suas leituras. Agora, isso vai ser possível a qualquer pessoa: já está disponível na internet a biblioteca digital do poeta português, no site da casa-museu dedicada a ele (http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/).

Os livros são os que acompanharam o poeta desde a adolescência - na época em que ele ainda morava na África do Sul. "O livro mais antigo é do século 19, quando Pessoa tinha 12 a 14 anos. São livros que vão desde essa época até sua morte, com 47 anos", conta o professor Jerônimo Pizarro, responsável pelo trabalho. O último livro foi parar na biblioteca do escritor em outubro de 1935, um mês antes de sua morte.

No total, o espólio de Fernando Pessoa que está na casa-museu reúne 1.312 títulos. No entanto, apenas pouco mais de 1.100 estarão disponíveis para consulta. "Não podemos colocar na internet todos os livros, por motivos de direitos autorais, porque alguns ainda não caíram no domínio público. Por exemplo, a família do poeta Antônio Boto não autorizou que os livros dele estivessem na rede, mas ainda vou falar novamente com eles", relata Pizarro. A legislação portuguesa prevê que os livros caiam no domínio público 70 anos após a morte do autor.

Uma parte dos livros tem anotações feitas por Pessoa. Pizarro conta que nas margens dos livros aparecem os pré-heterônimos, o primeiro deles em um livro de quando Pessoa tinha perto de 15 anos. "Num livro de latim de 1904 aparece o nome de F. Pyps. Um dos primeiros heterônimos a assinar um poema em português é Pyp."

Ele conta que o acesso à biblioteca também vai permitir entender como Pessoa construía seu pensamentos. Pizarro diz que os livros com mais anotações de Pessoa são os que ele leu durante a adolescência.

Jair Rattner - Especial para o 'Estado'
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,tudo-o-que-fernando-pessoa-leu-chega-a-web,629685,0.htm

Índigenas terão ensino adaptado



A partir de 2012, as escolas em aldeias das etnias apinajé, canela, carajá, javaé, krahô, tapirapé, tapuia, xambioá e xerente dos Vales do Araguaia e Tocantins (em Goiás, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins) darão um salto de qualidade. Elas começarão a receber os primeiros professores índios graduados em Licenciatura Intercultural Indígena pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

A proposta de ensino da UFG foi construída de forma coletiva, partindo da experiência com cursos de formação de professores indígenas e com revitalização de línguas e culturas indígenas, explicaram os professores Maria do Socorro Pimentel da Silva e Leandro Mendes Rocha, idealizadores do curso. Ambos são doutores em educação indígena e têm experiência de atuação em aldeias. Maria do Socorro foi professora do ensino fundamental na Ilha do Bananal (TO) e Leandro Rocha formou professores entre os macuxi de Roraima.

Atualmente, de acordo com o governo federal, a educação indígena vive o desafio de formar pelo menos 4 mil professores até 2012. Assim como a UFG, também têm cursos exclusivos para índios universidades federais e estaduais do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Minas, Roraima, São Paulo e Tocantins - esta última em convênio com a universidade goiana.

As escolas nas aldeias têm estatuto diferente das demais. Devem ser municipais, bilíngues e com calendário diferenciado. De preferência, os professores têm de ser indígenas e da própria aldeia. Com o crescimento populacional e o aumento do interesse dos índios por frequentar as salas de aula até a fase adulta, tornou-se necessário formar também os professores para o ensino médio.

Em Goiás, segundo Maria do Socorro e Rocha, apenas uma professora que atua em aldeia cursou o ensino superior, sendo que os demais têm ensino médio ou fundamental. Boa parte não tem formação para desenvolver um ensino de acordo com a especificidade de seus povos.


João Domingos / TEXTOS
http://www.estadao.com.br

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Kit Livros Infantis




A Fundação Itaú está distribuindo gratuitamente um kit de livros infantis.
É só entrar no link abaixo e se cadastrar. O objetivo é incentivar a leitura infantil. Eu já pedi para a biblioteca!
Divulguem para os amigos com crianças. Também pode ser para as avós ou para presentearem alguma criança que vcs conhecem.

http://www.lerfazcrescer.com.br/

domingo, 31 de outubro de 2010

Festival do Livro de Lençois Paulistas/SP


A edição 2010 do FESTIVAL DO LIVRO – evento literário promovido pelas Diretorias de Cultura e Educação da Prefeitura de Lençóis Paulista – já começa a tomar forma. O tema deste ano é a obra de Monteiro Lobato e já está confirmado para participar da programação, Luiz Antônio Aguiar; escritor, tradutor e presidente da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, onde está batalhando para divulgar a literatura juvenil brasileira.

Outras informações acesse o link abaixo:

http://festivaldolivro.wordpress.com/

Muito bom este vídeo...

Mesmo em reforma, FFLCH sedia Festa do Livro

Apesar de estar passando por uma reforma geral, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) receberá a 11ª Festa do Livro da USP, tradicional feira promovida pela Edusp, em que todos os livros são vendidos com um desconto mínimo de 50%. O evento reunirá 99 editoras, que vão expor no saguão do prédio da Geografia e História, onde, na edição passada da feira, uma grande infiltração de chuva atingiu livros em diversas bancadas.

Obras físicas e literárias
O vice-diretor da FFLCH, Modesto Florenzano, admite que, com as reformas iniciadas este ano, o espaço físico da FFLCH não está ideal para receber a feira: “Por exemplo, não vai haver estacionamento, porque nele está sendo construída uma passarela que vai conectar o prédio da História e Geografia aos demais da FFLCH”.
No entanto, ele afirma que a diretoria da FFLCH consentiu sediar o evento porque não há mais risco de os livros se molharem, como em 2008: “A reforma da FFLCH começou pelo teto e já está totalmente concluída”.

O coordenador de eventos da Edusp, Márcio Pelozio, afirma que saguão da Geografia e História “é o maior vão livre coberto que temos na USP-Butantã” e por isso, apesar de terem sido considerados outros espaços, como o vão da FAU e o Velódromo, optaram por montar a feira na FFLCH, como nas edições anteriores.

Para 2009, o coordenador prevê um público de quatro mil pessoas por dia na feira. “É uma oportunidade para o estudante adquirir livros, principalmente da área acadêmica”. Segundo ele, 90% dos títulos serão da área de Humanas, sendo que muitos se referem às bibliografias de cursos da USP.

XI Festa do Livro
Quando: dias 25, 26 e 27 de novembro, das 9h às 21h
Onde: saguão do prédio da Geografia e História (FFLCH)
Informações: Edusp

Editoras presentes na XI Festa do Livro da USP
•7 Letras
•Aeroplano Editora e Consultoria Ltda
•Alameda Casa Editorial
•Algol Editora
•Annablume Editora
•Argos/Unochapecó
•Artes e Ofícios
•Ateliê Editorial
•Átomo e Alínea
•Autêntica
•Autores Associados
•Azougue Editorial
•Barcarolla
•Barracuda
•Beca
•Berlendis & Vertecchia Editores
•Biruta
•Boitempo Editorial
•Brasiliense
•Brinque-Book
•Callis
•Capivara
•Casa da Palavra Editora
•Centauro Editora
•Ciranda Cultural
•Conrad
•Contraponto
•Cosac Naify
•Depto. de Filosofia da USP
•Depto. de Geografia da USP
•Depto. de História da USP
•Depto. de Literatura Comparada da USP
•Discurso Editorial
•Duna Dueto
•Edgar Blucher
•Edições Pinakotheke
•Edições Rosari
•Edifieo
•Editora 34
•Editora Aleph
•Editora Alfa/Ômega
•Editora Angra
•Editora Bem-Te-Vi
•Editora Com-Arte
•Editora da UESB
•Editora da UFPR
•Editora da UFSCar
•Editora da Unesp
•Editora da Unicamp
•Editora Fiocruz
•Editora Francis/Landscape
•Editora Fundação Perseu Abramo
•Editora Girassol
•Editora Globo
•Editora Horizonte
•Editora Hucitec
•Editora Humanitas
•Editora Íbis
•Editora Iluminuras
•Editora Lazuli
•Editora Nova Aguilar
•Editora Nova Fronteira
•Editora Ouro Sobre Azul
•Editora Papagaio
•Editora Publifolha
•Editora Sundermann
•Editora Tykhe
•Editora UEL – Eduel
•Editora UEPG
•Editora UFF
•Editora UFMG
•Editora UFRJ
•Editora UFSC
•Editora Verbena
•Editora Veredas
•Educ – Editora da PUC/SP
•Eduem
•Eduerj
•Edusc
•Edusp
•Escrituras
•Estação Liberdade
•Fondo de Cultura Económica
•Garamond
•Girafa
•Global e Gaia Editora
•Hedra
•IEA – USP
•IEB – USP
•Imaginário
•Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
•Instituto Moreira Salles
•Instituto Paulo Freire
•Instituto Piaget
•Landy
•Leitura Médica
•Lexikon
•Língua Geral Livros
•Martins Editora
•Mauad Editora
•Memorial da América Latina
•Musa Comercial
•Museu Lasar Segall
•Museu Paulista
•Nankin Editorial
•Narrativa Um
•Nova Alexandria
•Odysseus
•Oficina de Textos
•Palas Athena Editora
•Pallas
•Panda Books
•Papirus
•Paulinas Editora
•Paulus
•Paz e Terra
•Peirópolis
•Perspectiva
•Revista USP
•Sá Editora
•Scientiae Studia
•Terceiro Nome
•Terra Virgem Editora
•Unifesp
•Via Lettera
•Vieira & Lent
•Xamã Editora
•Zouk

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um país em busca de leitores

Um artigo por Moacyr Scliar

O Brasil tem cerca de 190 milhões de habitantes, dos quais 95 milhões podem ser considerados leitores; mas eles leem, em média, 1,3 livro por ano. Não se trata de rejeição à leitura; uma enquete mostrou que 75% gostam de ler. Pergunta: por que, então, os brasileiros não leem mais?
No começo do século XIX, o Rio de Janeiro tinha apenas duas livrarias e, provavelmente, sem muitos clientes: um censo realizado no final daquele século, na mesma cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, mostrava uma porcentagem de analfabetismo girando em torno de 80%.

Não é difícil explicar essa situação de analfabetismo e de falta de leitores. No Brasil colonial, o ensino era precário e reservado a uns poucos filhos de privilegiados. Universidades não existiam: os jovens que podiam, iam estudar na Universidade de Coimbra, em Portugal. As coisas começaram a mudar quando, em 1808, a corte portuguesa, fugindo à invasão napoleônica, se transferiu para o Brasil. Foi criada a Biblioteca Real e a primeira gráfica editora, a Imprensa Régia, que tinha o monopólio da edição de livros e só publicava o que era autorizado pela Coroa. Quando esta disposição foi revogada (em 1821, às vésperas da independência e, provavelmente, anunciando-a), multiplicaram-se os jornais, folhetos e revistas.

Já as livrarias foram o resultado da enorme influência cultural que a França sempre teve sobre o Brasil. Muito importantes foram os irmãos Laemmert, Edouard e Heinrich, e Baptiste Louis Garnier. Sediados no Rio de Janeiro (a Garnier tinha filial em São Paulo), esses livreiros importavam obras da Europa e editavam autores brasileiros: Garnier lançou José Veríssimo, Olavo Bilac, Artur Azevedo, Bernardo Guimarães, Silvio Romero, João do Rio, Joaquim Nabuco; Laemmert tinha em seu catálogo, Graça Aranha e Machado de Assis. Suas livrarias tornaram-se célebres pontos de encontro de escritores. Àquela altura, começo do século XX, começava a surgir um público leitor, às vezes surpreendendo os editores: quando a Laemmert se recusou a publicar uma obra que parecia “cientificista” e extensa, o próprio autor resolveu financiá-la. E fez muito bem, Euclides da Cunha: Os sertões, magistral retrato da guerra de Canudos e do Brasil sertanejo, vendeu, em pouco mais de um ano, 6 mil exemplares. Autêntico best-seller.

O fato de que os escritores não conseguiam viver de literatura (muitos eram funcionários públicos ou profissionais liberais), não impedia a existência de uma vida literária. Em 1897, e por influência de Machado de Assis, era criada a Academia Brasileira de Letras. Com o movimento modernista de 1922 surgiram revistas literárias, como a Klaxon, para a qual escreveram Anita Malfatti, Sérgio Milliet, Mário de Andrade e Tarsila do Amaral.

Nas primeiras décadas do século XX apareceram editoras importantes: a José Olympio, que editou sucessos como Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, e Vidas secas, de Graciliano Ramos, além de Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre e Guimarães Rosa, sem falar em clássicos da literatura mundial, como Balzac, Dostoievsky, Jack London e Tolstoi. A produção crescia; o número de editoras aumentou quase 50% entre os anos de 1936 e 1944. Em meados do século XX o país editava, por ano, cerca 4 mil títulos, representando 20 milhões de exemplares. Durante o Estado Novo, regime de exceção que ampliou os poderes de Getúlio Vargas (presidente de 1930 a 1945), a atividade cultural passou a ser controlada pelo DIP, Departamento de Imprensa; a censura estava presente no rádio, na imprensa, na música, no ensino. E foi também Vargas que, em 1937, criou o Instituto Nacional do Livro, com o objetivo de desenvolver uma política governamental na área.

A qualidade editorial melhorou muito; não era raro que as edições fossem ilustradas por artistas famosos, como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Santa Rosa. Novas revistas surgiam, a Brasiliense, para a qual colaboravam intelectuais de esquerda (Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda, Sérgio Milliet, Josué de Castro e Florestan Fernandes), a Civilização Brasileira, dirigida por Enio Silveira, a Tempo Brasileiro, dirigida há 50 anos por Eduardo Portella e contando com a colaboração de Sérgio Paulo Rouanet, Marcílio Marques Moreira e José Guilherme Merquior.

E OS LEITORES?

Ainda não são muitos. O Brasil tem cerca de 190 milhões de habitantes, dos quais 95 milhões podem ser considerados leitores; mas eles leem, em média, 1,3 livro por ano. Nos Estados Unidos, esta cifra é de 11 livros por ano; na França, 7 livros por ano; e na Argentina, 3,2. Não se trata de uma rejeição à leitura; uma enquete mostrou que 75% gostam de ler. Pergunta: por que, então, os brasileiros não leem mais? O argumento mais comum é o do preço do livro, de fato ainda muito caro. Mas isso é o resultado de um círculo vicioso: o livro custa caro porque vende pouco, e vende pouco porque é caro. Dizia-se que o brasileiro não gostava de livro de bolso, que preferia edições de luxo, com capa dura, para, das prateleiras, darem a impressão que o dono da casa era pessoa culta. Agora, porém, vê-se que o livro de bolso tem um público cada vez maior.


Aumentar a venda é uma forma de baixar o preço, mas isso só acontece quando as pessoas têm o hábito da leitura. Este, por sua vez, resulta de um processo que se desenvolve por etapas. A primeira dessas etapas ocorre na infância e depende do ambiente afetivo e cultural em que vive a criança. O conceito de “famílias leitoras”, da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), não é uma realidade no Brasil: 63% dos não leitores dizem que nunca viram os pais lendo – faltou-lhes, portanto, um modelo. A TV tem sido o centro da vida familiar; aquela cena do passado, a mãe ou o pai lendo para os filhos, é uma raridade.

A etapa seguinte é a da escola. As enquetes mostram que, quanto maior o nível de escolaridade das pessoas, maior é o tempo que dedicam à leitura. Entre os entrevistados com ensino superior, apenas 2% não leem. O problema é que, no Brasil, poucos chegam à universidade: 43% dos jovens de 15 a 19 anos nem sequer concluem o ensino fundamental. Faltam bibliotecas em 113 mil escolas, ou seja, em 68,81% da rede pública de ensino.

Mas, de novo, as coisas estão mudando. Os últimos governos têm se esforçado para preencher esta lacuna; em 2008, as escolas receberam, em média, 39,6 livros cada uma, por meio do Programa Nacional de Bibliotecas Escolares. A par disto, um grande esforço está sendo desenvolvido para estimular o hábito da leitura entre os escolares. No passado, o ensino da literatura era baseado quase que exclusivamente nos clássicos. Autores importantes, decerto, mas que falam de outras épocas, de outros locais, e numa linguagem nem sempre acessível. Hoje, as escolas trabalham também com escritores contemporâneos, e a interação com o texto é a regra. Os alunos fazem dramatizações, escrevem suas próprias versões dos textos, editam jornais na escola. Os eventos literários são frequentes nas cidades brasileiras: as feiras de livros, as bienais de literatura (em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba) e os festivais literários, dos quais o de Paraty, que traz ao país nomes de destaque na literatura mundial, é um exemplo.

A indústria editorial está em franca expansão, acompanhando o crescimento da economia como um todo. O ano de 2010 mostra-se muito promissor para o mercado editorial e para o crescimento do hábito de leitura no Brasil, diz a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Rosely Boschini. Os números dão apoio a seu otimismo: de 2006 a 2008 foram lançados, aproximadamente, 57 mil novos títulos e impressos mais de um bilhão de exemplares. A indústria editorial atrai investidores estrangeiros, e está deixando de lado o elitismo do passado para buscar o público leitor, sobretudo o leitor jovem. Redes de livrarias estão em expansão, e também a oferta do livro de porta em porta: em 2009, quase 30 milhões de livros foram assim vendidos, sobretudo para setores mais pobres. O Brasil tem hoje 2.980 livrarias, uma para cada 64 mil habitantes. Abaixo do preconizado pela Unesco – uma livraria para cada 10 mil habitantes –, mas com aumento de 10% nos três últimos anos. E, convenhamos, o número está bem acima das duas livrarias cariocas do começo do século XIX.

“Oh! Bendito o que semeia/ livros, livros à mão cheia”, escreveu, no século XIX, o poeta Castro Alves. Abolicionista, Castro Alves lutou pela libertação dos escravos, um objetivo afinal alcançado. Mas, e com isso o poeta, sem dúvida, concordaria, libertar o povo da escravidão da ignorância não é uma causa menos importante.

Sobre o autor:
Moacyr Scliar médico e escritor, já publicou dezenas de livros e integra a Academia Brasileira de Letras. Seu último romance, Manual da paixão solitária, venceu o Prêmio Jabuti em 2009.

Para as formiguinhas que trabalham na Biblioteca Monteiro Lobato - a mais antiga infanto-juvenil do País -, cada página é um torrão de açúcar, cada livro é uma vida inteira de sonhos. E não são poucas páginas, não são poucos livros. Cada membro da equipe dos resenhistas profissionais que lá atuam devora 80 páginas por dia - para dar conta de toda a produção brasileira do segmento, que varia de 800 a mil títulos por ano.

Estamos falando de um trabalho que é realizado pela biblioteca desde 1945 - primeiro como suplemento de uma revista literária, depois, em 1953, de forma independente. A ideia era - e, de certa forma, ainda é - mapear toda a produção literária infanto-juvenil do País. Não só mapear, mas balizar o que é bom, o que não passa de mediocridade, o que nem deveria ter sido publicado. Ideia do escritor Mario de Andrade (1893-1945), quando comandava o então Departamento de Cultura. Posta em prática pela professora Lenyra Fraccaroli, então chefe da Divisão de Bibliotecas Infantis da Prefeitura de São Paulo.


Atraso. Por falta de pessoal contratado, a equipe comandada pela pesquisadora Silvia Oberg está atrasada e ainda cataloga os livros editados em 2007


De lá para cá, com algumas interrupções, anualmente é lançado o livro Bibliografia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil, com pequenas resenhas críticas de toda a produção do setor. "É uma tentativa de acompanhar e documentar a produção", conta a pesquisadora Silvia Oberg que, desde 1982, quando começou a trabalhar na Monteiro Lobato, coordena o trabalho. "Quando aqui cheguei, a biblioteca havia parado de fazer a leitura crítica por anos. É uma perda histórica que jamais vamos conseguir recuperar." Os problemas ainda não foram totalmente resolvidos. Para se ter uma ideia, a última edição publicada do anuário data de 2005. O de 2006, pronto, deve ser lançado em novembro, graças a uma parceria com a Imprensa Oficial - e o apoio da editora Cosac Naify.

O principal problema é a equipe técnica. A única contratada de forma fixa é a própria Silvia. Os outros três membros do time são prestadores de serviço, por tempo determinado. Cada renovação de contrato pode levar meses, período em que as estantes ficam acumuladas de novos títulos. "A burocracia impede a continuidade. Por isso, ainda estamos lendo os livros publicados em 2007. O certo seria acompanharmos a produção do ano atual", diz Silvia.

Público. Para escritores e editores infanto-juvenis, a importância da Bibliografia é enorme. "O anuário se tornou uma referência na hora de as escolas decidirem quais livros adotar", diz Patty Pachas, diretora da editora Panda Books. "É um termômetro da produção nacional. Serve de referência para as editoras, para professores, pais e pesquisadores da área", define Amir Piedade, editor de Literatura Infantil e Juvenil da Cortez. A distribuição da Bibliografia, sempre de forma gratuita, é direcionada a bibliotecas, escolas e editoras de livros. "Nosso sonho é dispor isso na internet. Mas, infelizmente, não temos equipe técnica para isso", comenta Silvia.

O cartunista e escritor Ziraldo, autor de best-sellers infantis, é outro entusiasta do projeto mantido pela Monteiro Lobato. Em 2004, ele até cedeu gentilmente os direitos de uso da imagem do saci - com seus traços -, que se tornou um ícone para mostrar os livros mais bem qualificados pela Bibliografia. "Todo o esforço que a gente puder fazer para transformar o Brasil em um País de leitores é urgente", afirma. "Por isso estou sempre engajado nesse universo da leitura."

A isenção e qualidade do trabalho dos resenhistas é o ponto alto para a editora de livros infanto-juvenis da Cosac Naify, Isabel Lopes Coelho. "Eles realizam um exercício de concisão muito eficiente em seus textos, abordando todos os aspectos da obra, como texto, ilustrações e até mesmo o formato", pontua. "Além disso, essas resenhas ajudam na pesquisa universitária sobre literatura infanto-juvenil, na consulta feita por professores e bibliotecários, além ser uma obra de referência sobre a produção editorial brasileira."

Os livros chegam à Monteiro Lobato graças a doações das editoras. Já é praxe: tão logo um infanto-juvenil é publicado, um exemplar é destinado à Monteiro Lobato. "Mas elas agem com muita ética", conta Silvia. "Nunca sofremos nenhum tipo de pressão com o intuito de favorecimento." Esse fluxo de livros novos permite que a biblioteca mantenha um rico acervo - precioso para os pesquisadores do tema - de 70 mil volumes. Mas, diante de tantas páginas já folheadas e resenhadas, Silvia só consegue pensar no próximo livro - que está lá, novinho, na estante, à espera de uma leitura crítica. E sonha com um dia em que terá equipe suficiente para resenhar a produção do ano corrente. E publicar na internet.

Repercussão

ISABEL LOPES COELHO
EDITORA DA COSAC NAIFY

"O anuário é sempre muito bem-vindo para termos uma referência da quantidade de livros publicados naquele ano, os novos autores e aqueles já com algum tempo de carreira que intensificam seus trabalhos e, principalmente, uma referência crítica sobre a qualidade das publicações"

AMIR PIEDADE
EDITOR DA CORTEZ

"Eles têm uma defasagem do período de publicação com o lançamento do anuário. O ideal seria se conseguissem publicar anualmente. Sem esse hiato, sentiríamos mais ainda o impacto do anuário no mercado editorial"
Fonte: Edison Veiga - O Estado de S.Paulo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101017/not_imp625750,0.php

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia das Crianças


Como surgiu o Dia da Criança...

O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.

Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de
"criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi
oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.
A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.


Em outros países

Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na
Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e
Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez
das crianças da China e do Japão comemorarem!

Dia Universal da Criança

Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.

Abaixo incluí link bem interessante, o Estatuto da Criança e do Adolescente em quadrinhos:

http://www.fundacaofia.com.br/ceats/eca_gibi/capa.htm

Fonte e imagem: Internet

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

29ª Feira do Livro de Brasilia / DF

Pessoal...para quem mora em Brasilia ou estará pelos arredores, saibam que iniciou hoje dia 08/10 seguindo até o dia 17/10 a 29ª Feira do Livro, diversão garantida para a famíla neste final de semana prolongado e Dia das crianças ... e o melhor: Entrada gratuíta!

O tema escolhido é: O MUNDO DA LEITURA. A LEITURA NO MUNDO.

Acompanhem abaixo mais informações

LOCAL: Expo Brasília – Pavilhão de Feiras e Exposições
Parque da Cidade Sarah Kubitschek, Asa Sul, Brasília/DF

CARACTERÍSTICAS: 50.000 m² de área coberta
Segundo maior da América Latina

- Espaços Culturais
. Arena Cultural – 728m² para 1.000 pessoas
. Auditório – 120m² para 100 pessoas
. Espaço para Oficinas – 120m² para 48 pessoas
. Café Literário – 578m² para 400 pessoas

- Praça de Alimentação – 1.044m²
. 04 espaços de 261m² (cada) para 48 mesas de 4 lugares

- Espaços da Leitura JK
. Espaço do Autor – 169m² para 100 pessoas
. Espaço Sensorial – 81 m² para 90 pessoas
. Letras sem Limites – 210m² para 80 pessoas
. Pontinho da Leitura – 210 m² para 80 pessoas
. Ponto da Leitura Jovem –220 m² para 80 pessoas
. Ponto da Leitura do Educador –220 m² para 80 pessoas

- Espaço Feira do Livro
. 24 estandes de 9m²
. 56 estandes de 12m²
. 52 estandes de 16m²
. 32 estandes de 20m²

- Espaços Institucionais
. 7 estandes de 81m² (cada)

- Espaço SENAC
. Unidade Móvel 01 – Moda e Beleza
. Unidade Móvel 02 – Informática e Administração
. Unidade Móvel 03 – Turismo, Hotelaria e Gastronomia

DATA: 08 a 17 de outubro de 2010

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: De 2ª a domingo, das 10h às 22h


Na visão dos organizadores, um livro ou qualquer outro tipo de publicação ornamentando uma estante ou deixado sobre alguma superfície, por si só não significa nada. Eles passam a ter um sentido prático de existência, na medida em que se estabelece a humanização da relação, ou seja, quando alguém passa a utilizá-lo como instrumento de transmissão de conhecimento ou de geração de experiências.

Com base nesta afirmativa, as peças que compõem o tema de 2010, buscam retratar um mundo concreto, caracterizado por letras dispersas que, em suas composições, formam projetos arquitetônicos representativos da cidade de Brasília, mas que, numa visão geral, mantém o conceito monocromático. No mesmo contexto, observam-se indivíduos, representados por crianças, adolescentes, adultos, famílias e portadores de necessidades especiais que, em contato com a leitura, dão cor ao cenário.

Aproveitem!

domingo, 3 de outubro de 2010

Audioteca virtual


Pessoal...bom dia!
Recebí mais um e-mail para a divulgação de um trabalho maravilhoso criado pela Audioteca Sal e Luz (link abaixo) que produz e empresta livros falados (audiolivros), para os nossos irmãos com deficiência ou pouca acuidade visual.Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.


Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.


Todos que possam, por favor colaborem espalhando a esta informação.

http://audioteca.org.br/catalogo.htm

sábado, 25 de setembro de 2010

Mais um e-mail que recebemos e valeu muito a pena postar aqui no nosso blogue...
É um vídeo de apresentação da DGLB, criado para a Mostra de Portugal Tecnológico 2010 (de 22 a 26 de Setembro na FIL, Lisboa).
Porquê será que no nosso Brasil, ainda vemos pouco interesse por apoiadores neste tipo de investimento?
Acessando o link abaixo, você será direcionado a página da autora: Claudia Lopes no outro lado do nosso Atlântico.

Acesse o link abaixo para ler...

Acesse o link e escolha a sua revista favorita para ler on line:

http://www.guiademidia.com.br/revistasonline.htm

SEMINÁRIO MINDLIN 2010

O FUTURO DAS BIBLIOTECAS

A construção e a difusão do conhecimento passam por transformações importantes neste início de século.

Cada vez mais, o meio digital se afirma como esfera privilegiada de circulação da informação. É o momento de repensarmos a relação entre o leitor e o livro nos (novos) espaços de leitura.

O Seminário Mindlin 2010, "O Futuro das Bibliotecas", convida intelectuais e profissionais das comunicações, da arquitetura e das políticas públicas a se reunirem para debater este tema. As experiências e reflexões em torno de diferentes espaços para o livro, diferentes formas do livro e diferentes olhares sobre o livro nos permitirão discutir os caminhos que despontam para os novos significados dessas relações e os novos sentidos das Bibliotecas.

De 13 a 15 de outubro/2010
Local:
Casa de Cultura Japonesa
Av. Prof. Lineu Prestes, 159
Cidade Universitária
São Paulo-SP

Programação:
http://www.brasiliana.usp.br/sm2010/

6º Encontro da Arte de Ler e Contar Histórias em BH

Encontro promove a arte da leitura e contação de histórias em Belo Horizonte

De 13 a 30 de setembro

Abertura dia 13 a partir das 16h
Teatro Marília
Avenida Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia

ATIVIDADES GRATUITAS

Informações para o público: (31) 3277-8651

Promover a leitura e a narração de textos literários e da tradição oral para crianças, jovens e adultos. Esse é o principal objetivo da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte no 6º Encontro da Arte de Ler e Contar Histórias, que acontece de 13 a 30 de setembro em diversos espaços culturais da cidade. O encontro leva até o público cursos e oficinas de formação, espetáculos, horas do conto, exposições, reuniões permanentes, palestras, encontros e relatos de experiências. Toda programação é gratuita. A promoção é da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e da Biblioteca, que fica na Rua Carangola, 288, Santo Antônio.

A abertura acontece no dia 13, a partir das 16h, no Teatro Marília (Av. Alfredo Balena, 586, Stª Efigênia), com a presença da presidente da FMC, profª Thaïs Pimentel, da escritora e doutora em literatura, Maria Antonieta Cunha, e da coordenadora do projeto “Contando Histórias”, Reni Tiago Pinheiro Barbosa. Na ocasião, o grupo Eu Sou o Baobá fará uma apresentação de histórias de tradição oral “O Baobá” e “Ananse”, com crianças e adolescentes da Escola Integrada do Alto Vera Cruz.

Em 2010, o encontro comemora os 11 anos do projeto “Contando Histórias”, com ações de incentivo à leitura que visam a divulgação de obras e autores nacionais e estrangeiros, além de textos da tradição oral. “O encontro oferece um espaço de leitura, estudo e pesquisa, pensando na manutenção da tradição de ler, contar e ouvir histórias e visa contribuir para a formação de mediadores de leitura”, afirma Reni Tiago.

A programação deste 6º Encontro será diversificada, com atividades descentralizadas, tendo como eixo o incentivo à leitura na cidade de Belo Horizonte. Serão discutidos, entre outros temas, a trajetória dessa arte na cidade em 10 anos, o estudo de obras e seleção de bons livros para leitura e narração de histórias, a importância de pais-leitores e de crianças-leitoras, além de reflexões com profissionais envolvidos com essa atividade.

Contando Histórias

O Projeto “Contando Histórias”, fruto de ações permanentes para promoção da leitura, é referência há 19 anos no estímulo da arte de ler e contar histórias em Belo Horizonte. Representa um eficaz instrumento de mudança cultural e social. Por meio dele, será realizado mais um encontro, com atividades interessantes, para interagir com um público diversificado, levando-o a redescobrir a relação de prazer com o livro e a se transformar em leitor.

O projeto ganhou evidência na cidade devido ao crescente movimento de contadores voluntários, a partir de cursos para contadores iniciantes, com a formação de grupos independentes e espetáculos que divulgaram a riqueza dos contos da tradição oral e das páginas dos livros. Para a biblioteca, ler e contar histórias são ações permanentes que, durante estes anos, motivaram a leitura e continuam possibilitando o encontro dos ouvintes com o autor lido ou narrado. Essas ações favorecem o diálogo entre o narrador/leitor, o ouvinte e o autor dos textos literários e da tradição oral.

Para a coordenadora Reni Tiago, ouvir histórias desenvolve o imaginário do ouvinte transportando-o do mundo real para o irreal. Desenvolve sua opção pelo afeto, a capacidade de conhecer o seu próprio desejo e o do outro. “Isso estimula a criatividade e possibilita entender o mundo ao seu redor e estabelecer relações com o outro no processo de socialização”, completa.

Concurso

Durante o 6º Encontro, a Biblioteca Infantil e Juvenil de BH recebe as inscrições do 12º Concurso de Contadores de Histórias, destinado a amadores que leem ou contam histórias para crianças e jovens. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 30 de setembro, de segunda a sexta-feira, na sede da BPIJ-BH (Rua Carangola, 288, Santo Antônio). O regulamento pode ser consultado no site www.pbh.gov.br/cultura, no link Licitações e Editais.

O concurso está dividido em duas categorias: leitor de histórias para crianças/jovens e contador de histórias para crianças/jovens. Os interessados podem se inscrever em apenas uma dessas categorias. Em ambas, o candidato deverá, obrigatoriamente, ler ou contar textos da literatura ou tradição oral que já tenham sido publicados no mercado editorial. Os três primeiros colocados em cada categoria, na avaliação da Comissão Julgadora, recebem uma premiação em dinheiro no valor de R$800,00 R$500,00 e R$300,00 respectivamente.

Contato para a imprensa
Assessoria de Comunicação FMC – (31) 3277-4620 / 3277-4621